Diferente do observado nas últimas semanas, os preços do trigo recuaram, refletindo a maior oferta no Rio Grande do Sul. Produtores do estado têm elevado o interesse de venda em função da baixa qualidade do cereal colhido nos últimos dias, cautelosos também quanto a novas quedas nos valores. No mercado de derivados, os preços do farelo de trigo recuaram, devido à maior oferta de triguilho e às chuvas dos últimos dias no Sul do País, que favoreceram as pastagens. Quanto às farinhas, ainda prevalece o baixo interesse de compra e as cotações da maioria delas recuaram nos últimos dias.
ETANOL: APESAR DAS RECENTES VALORIZAÇÕES, MÉDIA DESTA SAFRA ESTÁ 8% MENOR QUE A ANTERIOR
Mesmo com as altas nos preços dos etanóis nas últimas semanas, na parcial da safra 2017/18 (de abril a outubro/17), as médias dos etanóis anidro e hidratado estão, em ambos os casos, 8% abaixo das registradas no mesmo período da temporada anterior (2016/17). Porém, quanto ao anidro, a média da safra atual, de R$ 1,57/litro, está 1,9% acima da observado na temporada 2015/16, de R$ 1,54/l, o menor patamar dos últimos sete anos-safra. Para o hidratado, a média atual, de R$ 1,41/litro, está menos de 1% maior que em 2015/16 (R$ 1,40/l), também a menor dos últimos sete anos-safra. Na comparação com o ano-safra de 2011/12, as médias dos preços do anidro e do hidratado, na parcial desta temporada, estão 24% e 14% menores. Especificamente entre 13 e 17 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,6769/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), aumento de 3,21% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ teve média de R$ 1,8286/litro (sem PIS/Cofins), alta de 2,69% no mesmo comparativo.
LEITE: DEPOIS DE SUBIR POR MAIS DE UM MÊS, PREÇO DO LEITE UHT RECUA
Após cinco semanas consecutivas em alta, as cotações do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo registraram leve queda de 0,79% na comparação entre a semana de 13 a 17 de novembro e a anterior, com preço médio de R$ 2,11/litro. Já os preços do queijo muçarela permaneceram estáveis na mesma comparação, com média de R$ 14,06/kg. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário está atrelado à dificuldade de venda e ao elevado volume de leite disponível, que seguem impedindo repasses de preços, forçando vendedores a negociar seus produtos a valores menores.
TOMATE: MAIOR OFERTA E QUEDA NA QUALIDADE PRESSIONAM COTAÇÕES
Os preços dos tomates salada longa vida 2A e 3A estão em queda na Ceagesp, devido à maior oferta de frutos. Em algumas regiões produtoras, a colheita da safra de verão já é expressiva, como em Itapeva (SP), Nova Friburgo (RJ), no Agreste Pernambucano e em Reserva (PR), enquanto outras estão no pico da segunda parte da safra de inverno, como Sumaré (SP), praça com o maior volume disponível de tomates. Além disso, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, as chuvas vêm manchando os tomates e também têm favorecido o aumento da acidez, principalmente dos mineiros. Entre 13 e 17 de novembro, os tomates salada longa vida 2A e 3A tiveram médias de R$ 15,88/cx de 20 kg e de R$ 28,64/cx, respectivas quedas de 14,29% e de 19,11% frente à semana anterior.