A atenção que Donald Trump deu à formação artificial de preços internacionais do petróleo não foi algo exatamente à toa.
Em vista ao peso que a commodity tem nos EUA e a consecutiva inflação de energia, a preocupação com os rumos da política monetária cresce.
O próximo mês marca o período de férias no hemisfério norte, onde o consumo de combustíveis se eleva consideravelmente e mesmo que o impacto seja extra núcleo, um repique inflacionário no item suscita visões para reverter parte dos programas de alívio quantitativo.
As preocupações se refletem diretamente nos juros futuros, com a proximidade do rendimento dos US Treasuries dos 3% ao ano e ao mesmo tempo, tendo um peso redobrado em equities.
Além disso, a declarada formação de preços cartelizada pelos países produtores ainda não deu força aos produtores de gás de xisto nos EUA, os quais poderiam se aproveitar do atual cenário de preços, porém a semana já abre com queda nos preços, devido ao aumento da produção e estoques americanos.
CENÁRIO POLÍTICO
As pesquisas eleitorais começam a tomar forma, mas ainda dentro de um cenário de grande indefinição de candidatos, onde a curta janela eleitoral pode trazer surpresas consideráveis até agosto.
O nome do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa ganha força entre diversos setores do eleitorado, mesmo que o próprio ainda exprima dúvidas quanto à disputa.
No PT, a insistência no nome do ex-presidente pode complicar ainda mais a posição do partido no próximo ano, mesmo que a prisão tenha aumentado o número de filiados, pois parece mais difícil a formação de uma base parlamentar.
O “centrão” de esquerda já quer se afastar do PT e começa a elevar Ciro Gomes como a opção mais viável, enquanto na outra vertente, Bolsonaro se consolida no sul e sudeste, mas se acirra a disputa com Barbosa no segundo turno.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY sobem, com temporada de balanços corporativos.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com a proximidade dos Treasuries de 10 anos dos 3% aa.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, a maior em 3 semanas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com destaque para a prata.
O petróleo abre em queda em NY e Londres, com o aumento das extrações nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 2,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,4135 / 0,84 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,464%
Dólar / Yen : ¥ 108,23 / 0,529%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,379%
Dólar Fut. (1 m) : 3409,64 / 0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,22 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,89 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 21: 7,87 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 25: 9,61 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,32% / 85.550 pontos
Dow Jones: -0,82% / 24.463 pontos
Nasdaq: -1,27% / 7.146 pontos
Nikkei: -0,33% / 22.088 pontos
Hang Seng: -0,54% / 30.254 pontos
ASX 200: 0,29% / 5.886 pontos
ABERTURA
DAX: -0,085% / 12529,81 pontos
CAC 40: -0,081% / 5408,46 pontos
FTSE: -0,022% / 7366,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86265,00 pontos
S&P Fut.: 0,022% / 2672,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,056% / 6680,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,15% / 89,63 ptos
Petróleo WTI: -0,58% / $68,00
Petróleo Brent:-0,27% / $73,86
Ouro: -0,63% / $1.327,90
Minério de Ferro: -0,67% / $65,05
Soja: -0,48% / $18,88
Milho: 0,53% / $378,25
Café: 0,73% / $116,60
Açúcar: -0,60% / $11,54