Panorama de Mercado
Encerramos o mês de outubro com recordes em nosso mais importante índice acionário e também com mínima histórica da nossa taxa básica de juros, a Selic. O Federal Reserve (Fed), nos EUA, diminuiu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, porém já avisou que não pretende fazer novos cortes pois quer avaliar como a economia responde frente aos incentivos monetários já implementados até o momento. Essa postura do Fed animou os investidores, pois é sinal que os juros baixos estão respondendo positivamente e que o risco de recessão na maior economia global está sendo afastado. Um ponto que vale a menção é que, pela primeira vez desde agosto, o dólar comercial fechou abaixo dos R$4. Assim sendo, nosso mais importante índice de ações marcou novo topo histórico em 108496 pontos e fechou a semana na casa dos 108195.63 pontos, o que representa uma uma valorização de mais de 0,5% na semana. E seu derivativo, o índice futuro, fechou a semana em 108945 pontos.
No cenário nacional, tivemos mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na última semana de outubro. A decisão foi pelo 3° corte consecutivo na Selic. A redução anunciada na última quarta-feira (30/10), foi de meio ponto percentual. Sendo assim, a Selic alcançou o patamar de 5% ao ano, mínima histórica da taxa. O assunto está sendo frequentemente abordados nos noticiários, mas pra quem ainda não entendeu bem como funciona a taxa e o motivo dos cortes é o seguinte: a Selic é usada como referência para outras taxas de juros do mercado, como instrumento de política monetária para controle da inflação e estímulo ao consumo. Com a Selic baixa, o crédito fica mais barato, estimulando o consumo e, assim, reaquecendo a economia. Até o fim de 2019 o Copom ainda se reunirá mais uma vez em dezembro, e a expectativa segundo o próprio Banco Central é que a taxa seja cortada novamente, encerrando o ano em 4,5%.
No mercado internacional, os resultados de EUA e China proporcionaram um respiro para os mercados em relação à tensão sobre a recessão global. O relatório do payroll divulgado na primeira sexta-feira do mês, como de costume, apontou que a criação de vagas de trabalho nos EUA desacelerou menos que o esperado no mês de outubro. Já a atividade industrial na China cresceu, de forma inusitada, em ritmo mais forte em mais de 2 anos no mês de outubro, isso porque as novas encomendas de exportação subiram e as fábricas alongaram a produção. Além disso, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, acalmou a população e principalmente os investidores ao anunciar que houve progressos sobre importantes questões comerciais na negociação com a China sobre o acordo comercial provisório em andamento.
A seguir, temos o fechamento dos principais ativos e índices:
Índice Bovespa – 108195.63 pontos;
Índice Futuro de IBOVESPA - 108945 pontos
Banco Itaú (SA:ITUB4) PN - 36,35 reais
Vale do Rio Doce (F:VALE3) ON – 48,44 reais
Banco Bradesco (SA:BBDC4) PN – 34,87 reais
Petrobras PN (SA:PETR4) – 30,43 reais
Petrobras ON (SA:PETR3) – 32,74 reais
B3 SA ON - 49,20 reais
Ambev (SA:ABEV3) ON – 17,33 reais
Dólar Futuro – 3996.5 reais
Índice Dow Jones – 27347.36 pontos
Índice S&P 500 – 3066.91 pontos
O que esperar para próxima semana...
Iniciamos a semana e o mês de outubro com divulgação da Ata do Copom na a terça-feira (05/11) às 8h. Seguimos a temporada de divulgação de balanços, relativo aos resultados do terceiro trimestre. Abaixo listamos os dias de divulgação dos resultados de empresas que, atualmente, compõem a carteira teórica do Ibovespa.
Divulgação de balanços - 3º trimestre:
Fique atento para esses eventos (três touros):
Tenham uma excelente semana.
Liora Vanessa
Este conteúdo visa ambientar/informar os investidores de uma forma simples sobre como o mercado tem se comportado, jamais devendo ser considerado como indicação de compra ou venda de qualquer ativo.