Semana de “Réllouwin” será que vai ter algum fantasma pairando pelo Ibov? Não sei mas tenho receio. Aquela batidinha antes da puxada marota do final de ano pra fechar dezembrinho bonito. Enfim, veremos.
Bom semana passada postei que a pesquisa do Broad mostrava os agentes otimistas correto? Sim. O resultado? Bolsa pra baixo!
hahahahaha
Já diria Peter Lynch:“pare de escutar os analistas estou convencido que qualquer pessoa que use 3% de sua capacidade cerebral consegue escolher ações como um mediano analista de wall street”
Poisé. Não me escutem, até porque não sou analista. Já fui. Hoje meu job é outro. E aqui apenas posto minhas percepções de forma genuína e verdadeira.
Uma semaninha de queda e a percepção do mercado medida pelo Broad já mudou:
O Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira mostra que o mercado financeiro está dividido quanto às expectativas para o Ibovespa na próxima semana. Entre 30 participantes, 43,33% veem alta para o índice e outros 43,33%, estabilidade. Neste universo, a percepção de uma minoria de 13,33% é de baixa. A pesquisa refere-se ao período entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro.
O QUE TÁ PEGANDO?
Essencialmente a questão de mudança na condução da política americana. Aumento de juros. Fala-se em 2 nomes Powell e Taylor (o cara da fórmula de Taylor para os juros). Em suma o segundo seria o cara que iria botar os juros pra cima. Já Powell seria o cara do gradualismo, café com leite. A lógica do medo é:
Juros pra cima –> dólar forte –> commodities mais caras –> emergentes vendem menos –> ruim pra emergentes
Juros pra cima –> investir no US fica mais atrativo –> ruim pra emergentes
Lógica a grosso modo é essa. Pensa que com a EUA a 10 anos de 10 anos nos EUA apontando pra 3% nossos juros não podem ser muito menores que 7% não. (3% livre de risco + risco país + diferencial de inflação). A ver.
Então muito cuidado que o pombo sem asa pode vir dos EUA.
Falam que Trump gostaria de anunciar o novo nome ainda essa semana. Vale monitorar pois pode mexer com as peças no tabuleiro. Por ora os Odd’s do Powell estão com mais “power” com perdão do trocadalho:
DADOS FORTES NO US
E toda essa discussão de juros nos EUA encontram respaldo nos dados da economia americana. Vale olhar o PIB que saiu semana passada: 3% é porrada! Puxado pelo consumo e aumento de estoques.
E olha que o tax Reform do Trump ainda nem impactaram esse número. Logo a expectativa de mais crescimento alimenta também a de inflação e com isso reforça o call de juros pra cima.
Enfim…move on
FLUXO PARA EMERGENTES
Mas o que não me parece fazer sentido (não que tenha que fazer sentido) é que tem havido fluxo para mercados emergentes e em especial Latam segue forte como mostrou um relatório do Credit Suisse que tive acesso. Ainda que sejam em grande parte para investimentos passivos, leia-se ETF’s, ainda assim é representativo não? Mostra que o call segue ativo e $$ segue fluindo pra cá.
Se você não se convenceu, dá uma olhada nesse gráfico. É mais de LP eu sei, mas dá pra ver que participação de Brasil cresceu mesmo olhando recentemente.
Mas em emergentes nada foi tão bom quanto investir em ações de tecnologia Chinesas e Koreanas. Acreditem se quiser elas subiram mais de 50% da MÉDIA!! BIZAR
E pra quem acha que virou bagunça, que é euforia pura e não tem fundamento essa alta em emergentes, o CS também calcula um índice que mostra que nem tanto assim. Ainda tem mais algum caminho para uma suposta euforia.
E O BRASIL?
E pra quem acha que Brasil deixou de ser atrativo eu digo que NÃO.
Comentei no post: HIGHLIGHTS ECONÔMICOS: FOTO SEGUE BOA que a foto segue bonita.
É verdade que nossa bolsa já foi mais barganha, mas aí tinha bem mais risco embutido também. All in all penso que o gringo olha pra cá e ainda vê espaço. Veja essa tabela de valuation relativo com outros países da Am. Latina. Brazil se mostra mais barato que a média em termos de múltiplos (PER, PBR e EV/Ebitda), com um yield melhor e embutindo um baixo crescimento de vendas. Se vendas (entenda-se Receitas das empresas) surpreenderem positivamente daria pra dizer que estamos ainda mais descontados!
Enfim.
Voltando para o nosso dia dia.
NA POLÍTICA
Já disse aqui que essas pesquisas pra mim tem valor ZERO no atual momento. Então não dou a mínima.
O fato a ser monitorado agora sim voltou a ser a bendita Reforma da Previdência. Governo já teria encomendado um levantamento sobre pontos da reforma que poderiam ser aprovados via projeto de lei. Objetivo seria ver o que dá pra fazer. Aquilo que não precisa alterar a Constituição e que, portanto, não precisam do aval de 3/5 dos deputados e senadores, com votação em 2 turnos e tudo mais.
Inteligente!
Foco mesmo deve ser a questão do tempo mínimo de contribuição e dos privilégios para alguns grupos específicos.
AGENDAS
Temos uma agenda carregada de balanços. Destaque para os bancos que começam a divulgar seus números temos ITUB e ABCB (meus favoritos) e o Bradescão da massa. Temos as ações da moda tipo ARZZ, MGLU, BTOW. As esquecidas CIEL, MDIA, TIET, PSSA. As complicadas PDGR, ELPL, TESA, … e outras mais:
E no campo macro, após a redução dos juros (em linha com as expectativas) temos dados bem relevantes a meu ver:
- IGP-M mensal hoje na segunda;
- Tx de Desemprego e ata do Copom amanhã;
- Produção industrial na quarta;
Lá fora além do lance do Trump que comentei mais acima, também tem coisa importante. PMI’s, juros e China que sempre faz preço em commodities:
Segunda: PMI Oficial de China
Terça: PMI Caixin de China (privado) ; Confiança do Consumidor americano
Quarta: PMI da Industria americana, estoques de petróleo e Decisão de juros nos EUA
Quinta: apesar de feriado tem o PMI alemão
Sexta: Payroll americano. Mega relevante.
Era isso
Aquele Abs!