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Swap cambial: Entenda para que serve e como funciona!

Publicado 16.03.2024, 13:00
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A flutuação de câmbio é uma questão latente no mercado financeiro brasileiro e, por isso, merece atenção por parte dos investidores. Para manejar os riscos associados às mudanças nas moedas, é possível recorrer ao swap cambial.

Esse tipo de operação permite realizar uma troca de posições que pode ajudar a evitar perdas. Para tanto, é necessário conhecer o funcionamento e saber para o que serve a alternativa, de fato.

A seguir, você descobrirá o que é esse tipo de swap e quais são suas características de funcionamento. Confira!

O que é swap cambial?

O swap cambial é uma operação que prevê a troca dos riscos associados à variação de câmbio por outros indicadores do mercado. É uma espécie de derivativo que, no caso, utiliza contratos de câmbio.

Ele está atrelado à troca de posição entre os envolvidos, com o acerto quanto ao pagamento da diferença em relação aos resultados em uma data futura.

Como funciona o swap cambial?

Para realmente compreender essa operação, é importante considerar o seu funcionamento. Em primeiro lugar, convém entender que a alternativa costuma ser utilizada pelo Banco Central (Bacen), já que a instituição é a responsável pela política monetária e cambial do país.

Além disso, é comum que a parte investidora seja composta por empresas com dívidas em outra moeda. Nesses casos, a operação se torna ainda mais relevante para trazer previsibilidade quanto às taxas que serão aplicadas.

Quanto ao funcionamento, é como se o Bacen acreditasse em um comportamento do câmbio e o investidor no movimento contrário. Então, digamos que o cenário do mercado de câmbio aponta para uma flutuação positiva no preço do dólar, por exemplo.

Temendo que a desvalorização do real face à outra moeda afeta seu negócio ou investimentos, um investidor pode escolher fazer o swap cambial. Enquanto isso, o Bacen busca manter a estabilidade da taxa de câmbio.

Logo, pode-se firmar um contrato no qual o Banco Central se compromete a pagar a variação cambial do período no momento do vencimento. Já o investidor fica responsável por pagar uma taxa de juros no mesmo intervalo.

Se a variação cambial for elevada, o investidor tem resultados positivos. Note, entretanto, que o objetivo do Bacen não é lucrar e, sim, exercer a política cambial prevista.

Quais são os tipos de swap cambial existentes?

O swap cambial já é um tipo de swap. Porém, ele pode ser subdividido em outras classificações relevantes. No swap cambial tradicional, acontece o que você viu no exemplo anterior: o Bacen paga a variação cambial e recebe a taxa de juros.

Já no swap cambial reverso a parte investidora acredita na queda da moeda. Então, quem investe paga a variação cambial para o Bacen, que faz o pagamento da taxa de juros acordada para o vencimento.

Cada um é usado em um momento e em situações específicas. Pense em uma empresa que recebe em dólares e paga suas despesas em reais. Se a tendência é que a moeda caia, é provável que a companhia opte pelo swap reverso. Assim, protege o valor a ser recebido na data de vencimento.

Agora imagine uma empresa cujas dívidas estão em dólar e os ganhos, em reais. Se a moeda subir, os custos acompanharão a tendência e prejuízos podem ocorrer. Nessa situação, o swap cambial tradicional faz mais sentido, já que protege contra a alta — que é indesejável nesse momento.

Para que serve o swap cambial?

Como você pode perceber, o principal objetivo do swap cambial é se proteger contra variações do câmbio — trocando-o por uma taxa de juros. Assim, ele realiza o chamado hedge cambial. As operações de hedge são aquelas que visam a proteção.

No caso do hedge financeiro e cambial, o risco principal envolve a possível desvalorização de uma moeda em detrimento da outra. Com o swap, podem-se conter esses efeitos, o que leva à redução ou até prevenção de perdas.

O swap cambial, especificamente, também tem funções atreladas ao Banco Central. Como visto, a instituição não busca o lucro e, sim, deixar a política cambial sob controle. Portanto, a função para o Bacen é essa.

Como o swap cambial afeta o dólar futuro?

Por causa de suas características, as operações de swap cambial têm impacto direto no dólar futuro. Ou seja, a realização dessas operações pode afetar as negociações de derivativos de dólar no mercado futuro.

No geral, swaps com grandes valores ou muito frequentes levam a mais operações. Então, isso pode gerar um aumento do preço dos contratos futuros.

Há, ainda, questões atreladas ao nível de aceitação das condições e aos efeitos ligados aos anúncios da negociação. Quando o Bacen não informa sobre a realização de swaps cambiais, por exemplo, os impactos tendem a ser maiores.

Como fazer o swap cambial?

Se essas operações forem do seu interesse, é necessário entender que elas apresentam riscos significativos. Como envolvem derivativos, estão mais sujeitas às alterações de mercado.

É por isso que, além da proteção, os contratos de swap podem ser operados por quem foca na especulação, por exemplo.

Para alocar recursos nesses contratos deve-se saber, primeiramente, que o Bacen faz leilões com eles. Dependendo das condições da política cambial, eles podem ter lotes de negociação que são maiores ou menores.

As instituições financeiras que negociam contratos de swap são conhecidas como dealers. Se você quer fechar um contrato, é necessário verificar quais são os contratos disponíveis e quais condições eles oferecem.

Para fazer hedge, o mais comum é aguardar o vencimento. Porém, é possível negociá-los antes do prazo, que é o caso de quem realiza trade. De qualquer forma, lembre-se avaliar o cenário, os riscos e as condições do derivativo. Assim, opera-se com o swap cambial de modo estratégico.

Agora você sabe que o swap cambial permite trocar posições para lidar com o risco de flutuação do câmbio. Com a atuação do Bacen, a operação pode ser feita de maneira tradicional ou reversa, de acordo com as expectativas sobre o mercado.

Se ainda tiver dúvidas sobre o assunto, deixe um comentário para que possamos ajudá-lo!

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