Com as exportações da carne em bom ritmo, o aquecimento das vendas internas em início de mês, e animais para abate mais leves em algumas regiões, as cotações do suíno vivo e da carne já ensaiam alguma reação nas regiões pesquisadas pelo Cepea. No atacado, a carcaça especial negociada na Grande São Paulo se valorizou 2,3% de 5 a 12 de julho, com o quilo passando para a média de R$ 5,64 nessa quarta-feira, 12. O preço da carcaça comum, por sua vez, subiu 1% no mesmo período, para R$ 5,17/kg. Quanto ao mercado de suíno vivo, nos últimos sete dias, houve alta de 2,2% na região de São José do Rio Preto (SP) e de 2,5% em Ponte Nova (MG), onde o valor médio pago ao produtor no dia 12 foi de R$ 3,48/kg e R$ 3,61/kg, respectivamente.
BOI: COM NECESSIDADES DE COMPRA, FRIGORÍFICO SUSTENTA VALORES
As negociações de boi gordo seguem em ritmo lento no mercado brasileiro. Os valores ainda são bastante distintos, o que, segundo pesquisadores do Cepea reflete a urgência de negociação, seja por parte de vendedores ou de compradores. De modo geral, a oferta é maior que a demanda, principalmente devido ao menor volume de abate e das escalas alongadas. Apesar dessa pressão, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo subiu de forma pontual em alguns dias. Nessa quarta-feira, 12, o Indicador fechou a R$ 124,70, leve alta de 0,24% em sete dias. Como frigoríficos que tinham escalas alongadas se afastaram do mercado em certos dias, as poucas unidades de abate que precisaram negociar com maior urgência, acabaram ofertando preços maiores (devido à retração vendedora), elevando a média das negociações.
MAMÃO: PREÇO DO FORMOSA SOBE 52% NA BA
O preço do mamão formosa continua subindo nas regiões produtoras acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. No Oeste da BA, o formosa teve média de R$ 0,83/kg entre 3 e 7 de julho, valor 52% maior que o da semana anterior. Segundo colaboradores, a oferta da variedade diminuiu ainda mais nas roças, principalmente devido ao clima frio, que atrasou a maturação da fruta. Contudo, altas mais significativas dos preços foram limitadas pela demanda enfraquecida – as baixas temperaturas e as férias escolares têm atrapalhado a comercialização de mamão nas principais regiões consumidoras (Sul e Sudeste). Além disso, conforme produtores consultados pelo Cepea, melhores preços foram obtidos com as vendas ao Sul do País, que, apesar da elevada oferta de mamões de tamanho médio a graúdo, prefere menores calibres e paga mais por este padrão.