Após um ano difícil para a suinocultura brasileira, agentes do setor renovam as esperanças para 2017, mais uma vez pautadas no mercado internacional. Já o crescimento da produção doméstica, segundo pesquisadores do Cepea, deve ser mais comedido, mesmo com a expectativa de custos menores. Isso porque as projeções de consumo de carne suína seguem desfavoráveis para o mercado brasileiro, que representa cerca de 85% do destino da produção nacional. A postura é de cautela para que não ocorra “sobreoferta” de carne no mercado doméstico, que, por sua vez, não tem absorvido facilmente excedentes de produção, mesmo a preços menores.
BOI: LENTA RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA PODE LIMITAR DEMANDA
Em 2017, o principal desafio do setor pecuário brasileiro deve ser a demanda doméstica por carne bovina. Conforme pesquisadores do Cepea, o lento ritmo de crescimento do Brasil projetado para este ano deve manter enfraquecido o poder de compra do consumidor. Esse cenário, combinado à expectativa de aumento da oferta, pode pressionar as cotações em todos os elos da cadeia ao longo de 2017. Caso os valores subam, o movimento deve ficar abaixo da inflação esperada para o ano, de 5,13%, de acordo com o Banco Central. Nesse contexto, a conta do produtor só fecha com aumento de produtividade.