Recentemente a Alemanha apresentou seus dados de exportações e importações para 2016, divulgados pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis), na quinta-feira. O país registou um aumento das suas exportações em 2016 de 1,2% para um valor total de € 1.207,5 bilhões. O seu valor de importação estava em um total de € 949,2 bilhões, o que representa um aumento de 0,6%.
Com as exportações excedendo as importações do país, o superávit comercial da Alemanha atingiu um novo recorde em 2016, continuando com seu 3º ano consecutivo de altas recordes. O superávit comercial foi registrado em € 252,9 bilhões, superando o recorde de 2015 de € 244,3 bilhões.
Tanto os dados de exportações quanto os de importações reportados pelo governo ultrapassaram os recordes do ano passado. A Alemanha viu melhores exportações em 2016 devido a uma demanda mais forte de outros países da União Européia.
As exportações subiram 2,2% para um valor de €707,9 bilhões nos países membros da União Européia em 2016, enquanto as importações subiram 1,8% para €632,5 bilhões. Na zona do euro, as exportações cresceram 1,8% para € 441,8 bilhões, enquanto as importações estiveram 0,7% mais altar para € 428,9 bilhões. Fora da zona do euro, as exportações estavam 2,8% mais altas para € 266,1 bilhões e as importações subiram 4,1%, para € 203,6 bilhões.
Os cálculos e os resultados provisórios foram comunicados pelo Deutsche Bundesbank. A Alemanha depende muito de suas exportações, com o comércio líquido do país responsável por 8,1% do produto interno bruto da Alemanha no ano passado.
Dezembro passado, as exportações estiveram em baixa 3,3% comparado com o mês anterior, enquanto as importações permaneceram inalteradas. O crescimento do PIB do país para o ano de 2016 teve alta de 1,9%, enquanto a taxa de inflação aumentou 0,5%.
Relações comercias entre a Alemanha e os Estados Unidos
Os dados das exportações e importações da Alemanha foram publicados dias após aos comentários feitos pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as poderosas exportações do país e influência provável sobre uma moeda européia fraca.
Recentemente, o principal conselheiro de Trump do Conselho Nacional de Comércio, Peter Navarro, acusou a Alemanha de ter tirado muita vantagem antea a moeda do euro enfraquecida.
Anteriormente Trump disse que as marcas de automóveis da Alemanha estão em todo o mercado de automóveis dos EUA, enquanto fabricantes de automóveis dos Estados Unidos não receberam o mesmo tamanho do mercado na Alemanha.
Com o mais recente recorde de superávit comercial da Alemanha, novas tensões entre a nação alemã e os EUA surgiram uma vez que a Alemanha tem uma das maiores economias do mundo, enquanto Trump procura dar prioridade aos Estados Unidos em todas as relações comerciais que estão sendo feitas.
"O superávit recorde continuará a alimentar o conflito com os EUA e na UE", disse Marcel Fratzscher, chefe do instituto econômico DIW. "Os vizinhos europeus se beneficiariam de um investimento mais forte na Alemanha. Entretanto, a Alemanha acima de tudo lucraria em primeiro lugar porque a lacuna do investimento e os superávits comerciais excessivos resultantes prejudicam a economia nacional".
Após as acusações da administração dos Estados Unidos sobre a manipulação da moeda da Alemanha, o conselho alemão foi rápido em responder sobre a questão. A chanceler alemã Angela Merkel rejeitou imediatamente a idéia, declarando que o que quer que seja que o governo alemão esteja fazendo é somente para beneficiar o futuro do país. Merkel afirmou que a Alemanha tem sempre sugerido ao Banco Central Europeu para considerar buscar uma política monetária independente.