No último dia 13, na chamada "Super-Quarta", os agentes de mercado ficaram atentos às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na busca por sinais sobre o futuro da economia de ambos os países.
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Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas entre 5,25% e 5,5%, um nível que não se via há 22 anos. Essa decisão, esperada por muitos, reflete uma abordagem cautelosa do Fed diante da inflação, que tem mostrado sinais de arrefecimento.
O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que os juros estão próximos do seu pico, mas não descartou a possibilidade de novos aumentos se a situação econômica assim exigir. Este posicionamento gerou otimismo entre investidores, sugerindo que talvez não sejam necessários futuros apertos mais agressivos nas taxas.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 11,75% ao ano. Apesar de uma leve alta nas projeções de inflação para 2023 e 2024, o Copom parece estar em um modo de espera, observando os desenvolvimentos futuros da economia, especialmente em relação às incertezas fiscais e às pressões inflacionárias globais.
Esta decisão indica uma postura de vigilância, mantendo aberta a possibilidade de ajustes futuros na taxa, dependendo do comportamento da inflação e das expectativas de mercado.
O mercado reagiu de maneiras distintas a essas decisões.
Nos Estados Unidos, houve um leve otimismo, refletido nas bolsas de valores e na estabilidade do dólar, sugerindo que os investidores estão aliviados com a perspectiva de que o ciclo de aumentos agressivos da taxa de juros pode estar se encerrando.
No Brasil, a reação também foi positiva. A redução da Selic reflete um cenário mais benigno com a inflação, porém também gera questões sobre o crescimento econômico e a capacidade do país de lidar com desafios fiscais e externos para que o ciclo de queda da taxa possa seguir.
Em ambos os países, o foco agora se volta para os próximos meses. Nos EUA, a expectativa é de que o Fed possa começar a reduzir as taxas de juros no primeiro semestre de 2024, dependendo do comportamento da inflação e do mercado de trabalho.
No Brasil, o Copom sinalizou que permanecerá vigilante, pronto para ajustar a política monetária conforme necessário para garantir a estabilidade de preços e o cumprimento das metas de inflação.
Portanto, a "Super-Quarta" deixou os mercados com uma mistura de otimismo cauteloso e vigilância.
Enquanto os Estados Unidos podem estar se aproximando do fim do ciclo de aumento das taxas de juros, o Brasil continua em uma posição de espera ativa, com todos os olhos voltados para os próximos movimentos do Copom e os indicadores econômicos chave.
Do lado do investidor, é importante observar as fases dos ciclos de cada uma das economias. A correlação entre ativos de risco de política monetária é bastante elevada e pode definir os resultados nos investimentos.
De todo modo, a dica é sempre diversificar, seja nos momentos de bonança ou de escassez. Em ambos, as oportunidades, assim como os riscos, existem.
Pense nisso e até o próximo artigo!