COPOM, FOMC (EUA) hoje, BoJ (Japão) e BoE (Reino Unido) amanhã. Começa a super quarta-feira, com uma série de decisões de política monetária, onde neste momento, a manutenção será o mote generalizado.
Por parte do BCE, ainda que não seja uma decisão de juros esta semana, Draghi já sinaliza a continuação de estímulos e a possibilidade da continuidade dos “impossíveis” juros nominais negativos (entre 0% e -0,4%), praticados inclusive em níveis maiores que no Japão (-0,1%) e Suécia (-0,25%).
Trump se mostrou contrariado ao saber das declarações de Draghi, pois o mesmo quer o retorno do QE e cortes mais profundos de juros nos EUA para estimular ainda mais a economia, com temores de que a recessão projetada por analistas atrapalhe sua recondução ao mandato.
As pesquisas mais recentes não são favoráveis a Trump e o nome de Joe Biden, ex-vice-presidente da era Obama começa a ganhar força, principalmente por representar uma ala mais ao centro dos atuais democratas pendentes à forte esquerda.
Localmente, a preocupação que o BC tem externado desde a entrada do atual mandato mudou em alguns aspectos, mas o ponto principal continua: a questão fiscal e a ausência da reforma mais importante, notadamente da previdência.
Existem duas opções na reunião de hoje, onde o COPOM pode manter o princípio da comunicação até agora efetivada ou ceder às pressões, principalmente mercadológicas para a retomada do afrouxamento.
Neste caso, o corte será sinalizado, no padrão da autoridade monetária.
Caso não ocorra a sinalização, sexta-feira será um dia interessante para o mercado de juros futuros.
No caso do FOMC, os sinais já foram emitidos e o corte deve ocorrer em julho, satisfazendo assim as demandas de Trump, mesmo com desemprego e inflações controlados.
CENÁRIO POLÍTICO
A derrota de Bolsonaro no decreto de armas não é somente um sinal de desgaste e desorganização da base do governo, é também um recado do legislativo.
O presidente do Senado sinalizou que isso aconteceria e disse que o governo deveria apresentar um substitutivo através de um projeto de lei.
Em resumo, o Congresso disse: Não tente legislar por decreto, o congresso tem 'ciúmes'.
O jogo do poder continua.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em leve alta, na expectativa pelo FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com sinais de Trump sobre o acordo comercial.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto pelo minério de ferro.
O petróleo abre em queda, dados de estoques mais elevados que as projeções médias dos analistas.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,86%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8605 / -0,74 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,107%
Dólar / Yen : ¥ 108,39 / -0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,167%
Dólar Fut. (1 m) : 3861,81 / -1,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,91 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,02 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 23: 6,96 % aa (-0,57%)
DI - Janeiro 25: 7,50 % aa (-0,79%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,82% / 99.404 pontos
Dow Jones: 1,35% / 26.466 pontos
Nasdaq: 1,39% / 7.954 pontos
Nikkei: 1,72% / 21.334 pontos
Hang Seng: 2,56% / 28.202 pontos
ASX 200: 1,19% / 6.648 pontos
ABERTURA
DAX: 0,018% / 12333,96 pontos
CAC 40: 0,013% / 5510,45 pontos
FTSE: -0,421% / 7411,71 pontos
Ibov. Fut.: 1,63% / 100273,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2921,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,023% / 7647,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 78,00 ptos
Petróleo WTI: 0,04% / $53,92
Petróleo Brent:-0,61% / $61,76
Ouro: -0,29% / $1.342,71
Minério de Ferro: 1,56% / $105,79
Soja: -0,06% / $15,90
Milho: -0,50% / $446,75
Café: 0,85% / $94,90
Açúcar: -0,56% / $12,52