Investidores brasileiros veem desde fins de 2016 a queda constante e acentuada da taxa básica de juros e, como num canto de sereia, migram a opções de investimentos que lhes garantam a memorável taxa nominal de dois dígitos, sem se aterem, no entanto, aos riscos a que estarão expostos. Momento quando uma conveniente orientação profissional é de suma importância.
Na sua tomada de decisão de investimentos, quando não estreitamente acompanhada, investidores podem utilizar-se do recurso simplista, e por vezes equivocado, de ancorar sua decisão em valores de referência passados, mas que no presente são obsoletos e talvez incabíveis. A irracionalidade deste ato é utilizá-lo para a formação de suas expectativas futuras, ainda mais agravado quando os cenários inéditos não são favoráveis.
Numa condução dos seus investimentos balizada pelos retrovisores, alguns investidores brasileiros aceleram para lucrar os dois dígitos nominais que perduraram ao longo dos dois primeiros decênios deste século, cuja curva acentuada e decadente se deu desde nosso último impeachment presidencial. Vemos de modo consistente a migração do investimento tradicional dos brasileiros para o mercado acionário; quando há recordes repetidos no volume financeiro de nossa bolsa de valores e saques monumentais da poupança.
Nesse caminho, o encontro com um profissional capacitado, que mediante a coleta das informações de seus receios e desejos, possa dar as melhores e desinteressadas orientações de investimentos para estes investidores poderem chegar aos seus respectivos objetivos. Sem que assumam com as dispares características dos riscos inerentes entre aqueles produtos, sendo que nosso mercado de capital consolidado pode dispor-lhes uma gama de outras opções.
Nessa relação transparente e fidedigna situam-se, portanto, a crucial relevância de se aplicar um processo fino de Suitability para adequar a aptidão ao risco dos investidores a uma carteira diversificada, que lhes ofereçam o melhor retorno nesse momento de taxa de juros baixa. Para o mercado de capitais como um todo, freia-se assim, que os brasileiros assumam riscos desproporcionais para os quais nem sempre é o ponto risco-retorno eficiente, ou pior, nem ao menos seja seu próprio nível de perdas aceitável.