Os embarques de carne suína seguem crescentes neste ano, mas a oferta de animais para abate não tem acompanhado esse aumento. Diante disso, as cotações do suíno vivo e da carne estão em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Dentre as praças, o destaque tem sido Minas Gerais, onde os preços do suíno vivo no mercado independente têm registrado elevações intensas. De acordo com a Secex, em maio, o Brasil exportou 66,4 mil toneladas de carne suína, altas de 10% em relação ao volume de abril e de 41% em relação ao de maio/18. Segundo colaboradores do Cepea, a atratividade das vendas externas tem, inclusive, levado os frigoríficos que comumente atendem ao mercado doméstico a redirecionar a produção ao front externo – no caso de unidades que têm habilitação para exportar. Esse contexto é verificado especialmente no mercado mineiro, onde os embarques de carne aumentaram no último mês, enxugando a disponibilidade da proteína no estado e elevando os preços domésticos. Em maio, as exportações mineiras de carne suína somaram 1,2 mil toneladas, aumento de 31% frente ao mês anterior. Na comparação com maio/18, a alta é de quase 50%.
CENOURA: OFERTA SOBE, MAS DEMANDA SE ENFRAQUECE E PRESSIONA COTAÇÃO
Apesar de a oferta ainda não ser considerada alta em São Gotardo (MG), junho se iniciou com queda nos preços das cenouras. Entre 3 e 7 de junho, o volume se elevou novamente, com produtividade de 49,3 t/ha, aumento de 7,3% frente ao fechamento de maio. Ao contrário da disponibilidade, a demanda se enfraqueceu. De acordo com colaboradores do Cepea, o mercado está desaquecido, e os preços elevados contribuem para a retração das vendas. A caixa de 29 kg de “suja” foi vendida a R$ 46,50, valor 7,5% abaixo quando comparado à semana anterior. Mesmo com a melhor produção, os descartes ocasionados por nematoides e pintas continuam ocorrendo na lavoura, devido às chuvas que ocorreram em fevereiro, no período de plantio. O aparecimento de pintas, que são observadas após o processo de beneficiamento, elevou a comercialização de raízes lavadas, que, segundo produtores mineiros consultados pelo Cepea, oferecem melhores retornos e o controle de qualidade é mais eficiente.