De outubro para novembro, as cotações do suíno vivo posto no frigorífico no mercado independente subiram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea. No entanto, na comparação anual (de novembro/22 para novembro/23), as médias registraram quedas reais. A reação mensal dos preços do animal esteve associada ao aumento da procura por carne suína, sobretudo para atender à demanda de fim de ano.
Preços e exportações
Em novembro, os embarques brasileiros de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, voltaram a subir, depois de recuarem em outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 104,7 mil toneladas da carne no último mês, aumento de 13,8% frente ao registrado no mês de outubro anterior e ainda 14% superior ao de novembro/22. A média diária de embarques em 20 dias úteis foi de 4,6 mil toneladas no mês, avanços de 16% na comparação mensal e de 7,4% na anual.
Relação de troca e insumos
Os preços do suíno vivo registraram pequenas altas ao longo da segunda quinzena de novembro, mas as desvalorizações verificadas no começo do mês limitaram avanços mais expressivos na média mensal. Quanto aos preços dos principais componentes utilizados na ração da suinocultura, o milho e o farelo de soja, também apresentaram alta no mercado doméstico de outubro para novembro, de forma mais intensa que o verificado para o animal. Esse cenário, por sua vez, reduziu o poder de compra de suinocultores paulistas frente a esses insumos.
Carnes concorrentes
O valor médio da carcaça especial suína apresentou tímido avanço de outubro para novembro, enquanto os preços da carne de frango registraram avanço um pouco mais intenso. Diante disso, a competitividade da proteína suína frente à de origem avícola cresceu naquele período. A carne bovina, por sua vez, registrou desvalorização de um mês para o outro, o que resultou em leve queda na competitividade da proteína suína frente a esta importante concorrente.