Carcaças e Suíno Vivo se Desvalorizam no Mercado Interno

Publicado 09.09.2016, 11:09

Mesmo com o bom ritmo das exportações e de este ser período de início de mês, as carcaças registraram expressivas desvalorizações nos últimos sete dias.

Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas têm sido influenciadas por vendas enfraquecidas no mercado doméstico.

Entre 1º e 8 de setembro, o preço da carcaça especial suína recuou 8,1% no atacado da Grande São Paulo, a R$ 6,17/kg na quinta-feira, 8.

A carcaça comum foi comercializada a R$ 5,66/kg no dia 8, recuo de 8,5% no mesmo período.

O valor pago ao produtor também caiu na maioria das regiões.

Na praça de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a queda foi de 3,7% em sete dias, com o quilo do animal vivo comercializado a R$ 3,92 na quinta, 8.

Nas regiões mineiras, porém, os valores permaneceram praticamente estáveis, com a maior média registrada no Sul de Minas, a R$ 4,18/kg na quinta.

CITROS: Maior demanda impulsiona valores da pera e da tahiti no BR

A procura por laranja pera aumentou no segmento in natura esta semana, principalmente devido ao receio de escassez da fruta.

Assim, o volume destinado ao mercado de mesa foi reduzido, já que produtores precisaram cumprir contratos com as indústrias.

Na parcial do período (segunda a quinta-feira), a média da variedade foi de R$ 24,69/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 3,8% frente à semana anterior.

Os preços da lima ácida tahiti também avançaram, influenciados pelo leve aumento da demanda e pela diminuição da colheita (por conta das chuvas no início da semana), o que limitou ainda mais o volume disponível no mercado.

Além disso, exportadores têm buscado mercadoria para abastecer a Europa.

A média parcial da fruta nesta semana foi de R$ 65,14/cx de 27 kg, colhida, aumento de 14,6% em relação à semana passada.

FRANGO: Cotações da carne de frango atingem recorde nominal

Com novas altas neste início de setembro, os preços da carne de frango no atacado da Grande São Paulo atingiram recordes nominais na terça-feira, 6, quando o resfriado foi cotado na média de R$ 4,62/kg e o congelado, de R$ 4,60/kg.

Os valores se mantiveram estáveis nessa última quinta-feira, 8, com respectivas altas de 5,9% e 4,9% entre 1º e 8 de setembro.

Nas demais regiões, os valores não são os maiores da série, mas também estão em patamares elevados.

Conforme colaboradores do Cepea, as valorizações continuam atreladas à tentativa de repasse dos elevados custos de produção e ao bom ritmo das vendas no mercado interno, reforçadas pelo período de início de mês (recebimento de salários).

Apesar de a carne de frango estar ficando relativamente mais cara, essa proteína ainda é a opção mais em conta entre as concorrentes (bovina e suína).

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