Em 1992, George Soros, embora já notado entre vários gerenciadores de Hedge Funds do mundo, entra de vez para o foco ao ganhar US$ 1 bilhão com a "quebra da libra esterlina".
Vocês têm idéia de como Soros ganhou essa fortuna? Qual sua estratégia? Quais parâmetros de decisão? Quais ferramentas de decisão? Análise Gráfica? Análise fundamentalista?
É bom lembrar, antes de tudo, que em 1992 ainda não havia o EURO como moeda "unificada"; por outro lado, existia um mecanismo "embrionário" do EURO chamado "ERM", uma sigla abreviada de "Exchange Rate Mechanism".
O "ERM" buscava estabelecer um "razoável" equilíbrio entre as inúmeras taxas de câmbio/moedas européias.
Ao ler um dos livros e relatos de George Soros, fica claro que ele já não via o "ERM" como algo estável há um "certo tempo".
Vamos a alguns desses relatos, boa parte colocado em primeira pessoa:: (Retirado de Wien, Byron e Koenen, Krisztina. George Soros (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996): págs. 89 e 90)
“Tive uma primeira pista em um discurso do presidente do Bundesbank, Schlesinger, pronunciado em uma reunião prestigiosa. Ele disse que os investidores estavam cometendo um erro quando viam a ECU (European Currency Unit) como uma cesta fixa de moedas. Ele estava se referindo em particular à lira italiana como uma moeda não muito sólida. Depois de seu discurso, eu lhe perguntei se gostava da ECU como moeda, ele disse que gostava da ECU como um conceito, mas não gostava do nome. Ele preferiria que fosse chamada de marco.
Eu captei a mensagem. Ele nos encorajava a ter posição vendida na lira italiana, e, de fato, a lira foi forçada a sair do sistema europeu de taxa de câmbio um pouco depois. Era um claro sinal de que a libra estava também vulnerável (...) O clímax foi finalmente alcançado quando o governo britânico subiu a taxa de juros em 2% para defender a libra. Era um ato de desespero que nos sinalizava que a posição britânica era insustentável. Isso nos encorajou a continuar a vender libra ainda mais agressivamente do que antes. Este era o fim: as taxas de juros subiram ao meio-dia. À noite, a libra tinha saído do ERM.
Soros defende-se dos críticos que o acusam de ter conspirado contra a libra esterlina, vendendo-a durante toda a tarde, respondendo, basicamente, que ele não era o único no “jogo” e muito menos tinha a reputação que tem hoje, reputação essa que o atrela a uma capacidade de influenciar mercados. Admite, no máximo, que tenha influenciado no fim do processo. Determinante mesmo para a quebra da libra esterlina foi, segundo Soros, o Bundesbank. Insiste ele: “Seguimos as ordens de nosso mestre, o Bundesbank. Talvez tenhamos entendido melhor do que os outros quem era nosso mestre e tivemos um ouvido melhor do que os outros para captar os sinais. Mas, para mim, não havia dúvida de quem era o mestre da caçada.”
Andamos até os dias de hoje, mais precisamente para o Brasil.
Segundo o indice FIPE-ZAP, os preços dos imóveis em São Paulo avançaram, nada mais, nada menos, do que 205% entre Jan/2008 e mai/2014 . No Rio de Janeiro, a alta foi ainda maior; no período, a alta foi de insanos 254%.
Ao longo dos últimos meses tenho lido várias coisas, várias análises e várias discussões sobre a tal da "suposta" Bolha Imobiliária no Brasil; isto é, a alta espetacular dos preços dos imóveis em tão curto espaço de tempo.
E o que me impressiona é o discurso repetido da "demanda reprimida" daqueles que saem em defesa da Tese de que não há Bolha Imobiliária no Brasil.
Semana passada, li, pela "milionésima vez", esse argumento numa matéria divulgada pela imprensa.
Mais; o argumento vinha de uma importante e destacada Escola de Administração e Economia do Brasil.
"Demanda reprimida" é a única variável que se "pesquisa" no país em relação a variação dos preços de imóveis?
O Dinamismo que uma economia mundial e brasileira impõem não deveria provocar um discurso e uma pesquisa mais ricos em recursos e variáveis?
As variáveis e os atores se mexem, se interligam e se interrelacionam ao longo do tempo. Nada é estático, linear e simples.
O exemplo de Soros acima destacado é mais um, dentre tantos outros, de que é preciso um olhar muito mais "criativo" e "ousado" sobre questões aparentemente simples.
E o que significa isso na prática?
Há pouco mais de 3 meses, descobri o tal aplicativo-software do táxi; um aplicativo que, uma vez instalado num smartphone, te permite chamar um táxi .
Não sou um cara muito "antenado" em tecnologia, daí eu ter descoberto tardiamente tal aplicativo.
No entanto, hoje em dia a garotada e os "adolescentes de 30 anos" têm acesso a vários mecanismos tecnológicos, alguns inúteis, outros nem tanto. Quase tudo gira em torno da internet e desses mecanismos tecnológicos.
É dentro desse contexto que começamos a nos valer de algumas ferramentas pra identificar alguns movimentos, alguns sinais, mesmo que, eventualmente, tais sinais sejam meros "ruidos".
Qual o dia em que se mais pede PIZZA por telefone?
"Ora Márcio.....todo mundo sabe que é na sexta-feira, no sábado e no domingo......"
Hum....é mesmo ?........
Vamos ver se a ferramenta do "Google Trends" confirma isso?
Já falei sobre essa ferramenta outro dia aqui.....a ferramenta apresenta em um gráfico o movimento da "palavra-chave" citada na "busca do google" ao longo de um determinado período..
E não é que o gráfico confirma o "senso comum" de que os picos de entrega de pizza são no final de semana?
Todos os picos acima vistos, DE FATO, equivalem aos dias de final de semana, sexta, sábado e domingo (30 mar, 19 de abril, 27 de abril, 3 de maio, 24 de maio, 01 de junho, 08 de junho e 15 de junho)......alguns picos também são vistos em feriados, como o dia 1 de maio.
Quer dizer que é RAZOÁVEL nos valer de uma "ferramenta nova" pra "brincar" com certos cenários?
Sim, ainda que, com ressalvas.....ruídos podem estar no meio do caminho.
Então vamos brincar mais um pouco.....
Ssupõe-se que as pessoas, assim como no caso da pizza, comecem a se informar sobre compra de imóveis através do google ou qualquer site de "busca".
Então, vamos digitar algumas palavras correlatas para que possamos ver qual a tendência atual, sob o viés de uma ferramenta do "mundo cibernético", de certos "desejos", nesse caso, o "desejo da compra de um imóvel"
Abaixo, as palavras "compra e venda de imóveis" e "compra de imóveis"
Por esse gráfico, parece que nos ultimos 2-3 anos a procura tem sido decrescente , a despeito de um aumento dos preços.
Hum......
Será que a "demanda reprimida" não é tão "reprimida" assim?
Contiunemos a cruzar algumas "palavras-chaves":
"financiamento imobiliário e simulação financiamento"
A palavra "financiamento imobiliário" vem de fato subindo até alcançar um pico em 2012; dai em diante, não mais recupera esse pico após mais de 2 anos. A outra palavra que pode sinalizar uma vontade "mais concreta" de ter acesso aos valores de financiamento também dá sinais de estabilidade, porém, percebe-se uma queda mais acentuada a partir de meados do ano passado.
Se financiamento e simulação de financiamento podem representar "no "mundo cibernético" o desejo concreto de comprar um imóvel, os gráficos acima também deixam dúvidas de que a "demanda reprimida" exista mesmo.....
Será que "a demanda reprimida" existe?
Vamos para uma última combinação.....Vamos colocar 4 nomes das principais construtoras do país; nesse caso, a interpretação não é tão linear ou direta assim, já que as pessoas entram e procuram suas "páginas" por inúmeras razões; seja por reclamações, para comparações de preços, buscar informações sobre preços, enfim. No entanto, não deixa de ser um "razoável termômetro", dado que um dos primeiros passos pra se comprar um imóvel é dar "uma olhada" no portfólio das construtoras....
Se eu quero comprar um imóvel, entre outras coisas, "vamos dar uma passada" nas páginas das construtoras.
Abaixo, a tendência de 4 "palavras-chaves":
"PDG" (em Azul ), "GAFISA" (Em Vermelho ), "MRV" (em Amarelo) e "CYRELA" (Em Verde).
4 das principais construtoras do país.
PDG é um caso "à parte"; a tendência é fortemente decrescente, com alguns picos no meio do caminho.
GAFISA E CYRELA mantém uma tendência decrescente também há muito tempo, com alguns picos ao longo do tempo. Ressalta-se que ambas até agora não recuperaram o pico atingido no segundo de semestre de 2008.
A MRV também mostra-se um "caso à parte" . Vê-se uma clara tendência de alta até fevereiro de 2012, diferente das outras 3; entretanto, esse topo não é mais recuperado desde então; o que se vê agora é uma clara tendência de queda nos últimos 2 anos.
Não esqueçamos que a MRV é a construtora mais atuante no segmento do programa do governo federal "Minha Casa , Minha Vida".
De maneira geral, se objetivo é "procurar" a "tal da demanda reprimida", por aqui, também fica difícil encontrá-la.
Tirando a construtora que tem como foco o "Minha Casa, Minha Vida", programa esse com condições completamente diferentes da média do mercado, 3 das principais construtoras do Brasil não empolgam entre os "internautas brasileiros", aqueles que deveriam "demandar".
Essa história de não olhar o dinamismo ao redor, de não perceber a maneira como a realidade se ajusta às inúmeras variáveis e seus respectivos interrelacionamentos, a maneira como a realidade muda ao longo do tempo, me faz lembrar a forma como o EX-Banco Marka, de Salvatore Cacciola, atuou em boa parte dos anos 90, mais precisamente, após o Plano Real em 1994, até quebrar.
Pra quem não sabe ou esqueceu, o Banco Marka era um banco de investimentos de médio porte nos anos 80 e 90; segundo matérias e informações colhidas ao longo de tal período, o Marka buscava uma filosofia muito próxima a dos Bancos Pactual e Garantia (esse vendido em 1998 para o Credit Suisse).
Parecia estar no rumo certo; e os primeiros anos do Plano Real o colocavam muito próximo desse objetivo; nunca o Marka ganhara tanto dinheiro como no período 94-98
Pra entender o cenário, é preciso voltar no tempo.
O câmbio era um dos pilares principais do Plano Real, plano de estabilidade monetária lançado em 1994 que tinha como meta acabar com a hiperinflação no Brasil.
Na verdade, o Plano Real não era exatamente um "plano", mas uma série de itens e mecanismos que, em conjunto, procuravam extirpar a hiperinflação do dia a dia dos brasileiros.
Numa economia excessivamente atrelada ao "dólar", como a brasileira dos anos 80 e parte dos anos 90, o dólar representava um desafio, ao mesmo tempo em que passara a ser encarado como um "âncora" do Plano Real.
Calibrá-lo corretamente não era objetivo secundário, face às baixas reservas internacionais brasileiras dos anos 90 e frente a um universo econômico que ainda pensava "em dólar".
Pra início de conversa, o câmbio não era livre, assim como conhecemos hoje; ele "flutuava" numa banda "minimamente" controlada pelo governo, uma espécie de "câmbio livre sujo" .
Tal banda e um ambiente econômico, interno e externo, instável, permitiam ótimas oportunidades de ganhos no curto prazo para os atentos players do mercado de câmbio
Ao longo de boa parte do início do Plano Real, o ex-Banco Marka, de Cacciola, se "especializou" em apostar "a favor" do "Real" e contra o "dólar", não importavam as inúmeras crises que apareciam nos países emergentes, assim como as inúmeras pressões que se avolumavam dentro do próprio Brasil, especialmente dos industriais brasileiros até então acostumados com seus produtos artificialmente competitivos, por conta de recorrentes desvalorizações cambiais.
Veio a Crise do México em 1994, logo após a implantação do Plano Real, e tome pressão para cima das moedas dos países emergentes; o recém criado "REAL" não foi diferente.
"O governo não vai aguentar....repetiam os analistas brasileiros e internacionais"...."O Brasil vai ter que desvalorizar sua moeda"....
Frases como essas eram ouvidas a toda hora....
E lá estava o ex-Banco Marka dizendo:
"não"........"não"......"o governo não vai desvalorizar coisa nenhuma"......"o governo precisa do câmbio"......
E lá estava ex-Banco Marka "operando vendido em dólar"...........
"BINGO"!!!........Passada a tensão, o governo não desvalorizou, e o Marka ganhou dinheiro......muito dinheiro....
Não foi diferente com a Crise da Ásia em 1997.......Países emergentes tiveram suas moedas "atacadas"...
O Brasil não foi diferente......
E novamente, o que se ouvia...
"O governo não vai aguentar..repetiam os analistas brasileiros e internacionais"...."O Brasil vai ter que desvalorizar sua moeda"....
Frases como essas eram ouvidas a toda hora....
E lá estava o ex-Banco Marka dizendo:
"não"........"não"......"o governo não vai desvalorizar coisa nenhuma"......"o governo precisa do câmbio"......
E lá estava ex-Banco Marka "operando vendido em dólar"...........
"BINGO"!!!........Passada a tensão, o governo não desvalorizou, e o Marka ganhou dinheiro......muito dinheiro....
Veio a Crise da Rússia em 1998.....moedas dos países emergentes novamente atacadas......
E novamente, o que se ouvia...
"O governo não vai aguentar..repetiam os analistas brasileiros e internacionais"...."O Brasil vai ter que desvalorizar sua moeda"....
Aqui, nesse momento, as coisas pareciam estar em patamar muito mais perigoso....
"A coisa" realmente "estava esquisita" no segundo semestre de 1998.......
Num primeiro momento, as vozes eram as mesmas, o Marka continuava "vendido" em dólar, e no curtíssimo prazo, obteve novo sucesso em sua estratégia
Mas, a tensão parecia ter chegado ao ápice......
Estávamos em vésperas de eleição presidencial, havia muita pressão política contra o governo de Fernando Henrique Cardoso.
O PT era uma oposição que via ali, naquele momento conturbado, uma chance pra ganhar as eleições. Medidas fiscais que eram importantes pra amenizar a pressão contra o "REAL" foram constantemente brecadas e/ou contestadas.
As reservas internacionais, já baixas, continuavam a sangrar.
A dinâmica dos fatos e variáveis começavam a moldar um cenário "aparentemente" diferente de 94 e 97.
Montar uma posição na "ponta de VENDA" do dólar parecia muito mais arriscado agora....
Mas o ex-Banco Marka parecia convencido de que o cenário era o mesmo de 94 e 97, e que o governo federal não iria desvalorizar o câmbio.
Afinal, pensava o "MARKA", se Gustavo Franco, o então Presidente do Banco Central, mexer no dólar, o Plano Real explodirá.
E o Banco Marka continua sua aposta "contra o dólar"
O ápice da tensão foi ao longo do mês de dezembro, quando o governo de Fernando Henrique não consegue aprovar no Congresso importante mudança na tributação do funcionalismo público.
"A pá de cal" viria em janeiro de 1999.
O Governo do Estado de Minas Gerais decreta uma moratória momentânea de sua dívida com o Governo Federal, fato que soou catastrófico entre os investidores estrangeiros..
Fernando Henrique Cardoso "joga a toalha", demite Gustavo Franco e, a despeito do conturbado período de Chico Lopes na presidência do BC, abre espaço para a desvalorização do câmbio, agora, já sob a liderança de Armínio Fraga, novo presidente do BC.
O estrago naqueles primeiros dias de janeiro de 1999 já era visível; a questão era apenas "contar" os cadáveres.
O ex-Banco Marka, que novamente se posicionara "vendido" em dólar, era um deles; talvez, o maior e mais delicado.
"Olhou apenas para "Gustavo Franco", o hábil e corajoso "defensor da âncora cambial"?"
Talvez outras variáveis pudessem ser vistas......o cenário, de fato, não teria mudado de 94 e 97 para 98?
São perguntas que o Marka poderia ter feito, assim como outros que se posicionavam na ponta "vendida em dólar"
Vamos mexer nas variáveis?
Que tal mexermos nas variáveis da PETROBRAS......
"Patinho feio" da Bolsa Brasileira, tem sido fortemente penalizada nos últimos anos por ser refém e parte integrante da desastrosa politica econômica, e sua vertente, a política de controle da inflação, do governo federal.
Como o governo petista de Dilma Rouseff não faz a sua parte no controle da inflação, os preços "chamados livres" disparam, comprometendo mais e mais a manutenção da inflação brasileira no "centro da meta".
Pra isso, o governo federal se vale dos chamados "preços administrados", basicamente energia elétrica e derivados do petróleo, pra tentar controlar uma inflação "já descontrolada".
Controlar preços de derivados de petróleo significa prejudicar a Petrobrás em sua política "normal" de preços.
Assim, as ações da estatal têm caido fortemente nos últimos anos.
Mas se a oposição ganhar nas próximas eleições presidenciais no final do ano ?
Se tivessem apenas 2 alternativas pra marcar num cartão, postas da seguinte forma:
1- Comprar e investir em imóveis no Brasil
2- Comprar e investir nas ações da Petrobras
O que você faria?
Qual o "custo-benefício" de cada uma das alternativas acima?
Bem.......
Vamos ao gráfico abaixo, TEMPO SEMANAL, da PETR4 (Petrobrás PN).
Reparem o aumento colossal de volume apresentado no papel nos últimos 15 meses marcado abaixo em azul.
O papel não vem conseguindo romper uma LTB mais longa de 2-3 anos.
No entanto, o volume de compra na faixa 12,00-20,00 tem sido muito forte......
Sim......as coisas podem mudar......
O que não muda, parece, é o discurso da "Demanda Reprimida" dos imóveis.......
Peço apenas um pouco mais de calma no longo artigo.
Vamos pra parte mais "emocionante".......vamos falar em outras "coisas reprimidas"......
Dólar.......
Inflação
Taxa de juros americana.....
O que parece indicar o gráfico do "dólar x real" visto abaixo?
Parece que a trajetória ascendente ainda está longe de terminar........a parada nos 2,49 foi apenas por conta de uma forte resistência nessa faixa....
Caiu, acompanha uma Linha de Tendência de Alta, acumula volume.......
Temos aqui um clássico caso de "dólar reprimido"?
Inflação....
Hum.....inflação nós já falamos......
"Preços livres" continuam subindo sem que o governo federal apresente credibilidade aos agentes econômicos de que é capaz de apresentar os remédios necessários para o recuo.
E tome "inflação reprimida"
E a taxa de juros americana?
O Federal Reserve, o Banco Central Americano, calibra suas taxas de juros de curto prazo entre 0 e 0,25% desde dezembro de 2008.
O reflexo disso podemos ver abaixo através do gráfico de 100 anos dos bonds de 10 anos do Tesouro Americano.
Parece insano, não é? E é insano.....
Por outro lado, o mais interessante não é essa queda......o mais curioso é perceber que esses bonds já começaram um rally no curto prazo.......
Reparem novamente no gráfico abaixo, que uma LTB baliza as taxas há mais de 20 anos.......o rompimento poderia acelerar a alta desses bonds......
Parece que os mercados dos bonds de longo prazo se antecipam a alta na taxa de curto prazo.....
Treasuries 10 anos EUA - Período 100 anos
Treasuries 10 anos EUA - Período 4 anos, Tempo SEMANAL
Parece que estamos numa "reprimida taxa de juros americana".
Se essas variáveis se mexerem e interagirem, teremos muito mais coisa "reprimida".
Emprego é um deles......o "crédito farto" é outro....ambos serão "reprimidos"...e muito mais......
Agora, lhes pergunto caros leitores.
O que sobrará da "demanda reprimida" de imóveis, se algumas dessas variáveis decidirem, todas juntas, "sairem do lugar"?
Alta da taxa de juros americana
Crédito farto no mundo desaparece
Mais alta do dólar......
Mais pressão na inflação...
Mais pressão sobre o desemprego.....
Menos crédito....
mais desemprego.....
menos crescimento.....
menos demanda.....menos demanda....menos demanda....
menos crédito.....
As variáveis mudam......as "coisas mudam"......a "realidade" muda....
E, aí?
Vai aplicar em que?
1- Imóveis brasileiros
ou :
2- Dólar
3 - Renda Fixa
4- Bonds Americanos