Os preços do óleo de soja, que estão em alta expressiva desde o ano passado devido à maior demanda, à valorização do petróleo, às altas externas e também dos prêmios de exportação do Brasil, renovaram os recordes nominais da série do Cepea, iniciada em julho de 1998. Segundo dados do Cepea, em termos reais (médias deflacionadas pelo IGP-DI de setembro/21), os atuais preços do óleo de soja são os maiores em um ano. E a demanda mundial por óleo de soja também segue crescente, atingindo volumes recordes. Na safra 2020/21, a produção global de óleo de palma (principal concorrente do óleo de soja) foi a menor desde a temporada 2017/18, segundo o USDA, levando consumidores a adquirirem maior volume de óleo de soja.
MILHO/CEPEA: COMPRADOR SEGUE RETRAÍDO; PREÇOS CONTINUAM EM BAIXA
O movimento baixista continua sendo observado no mercado do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 86,84/sc nessa sexta-feira, 29, recuo de 2,72% entre 22 e 29 de outubro – a baixa no mês foi de 5,43%. De modo geral, compradores seguem afastados das aquisições de milho no spot nacional, indicando estarem abastecidos e atentos ao fraco ritmo de exportações, ao bom desenvolvimento da safra verão no Brasil e ao andamento da colheita nos Estados Unidos. Parte dos vendedores, por sua vez, está mais flexível, tendo em vista que muitos ainda detêm estoques e precisam negociar com a chegada da safra verão.
OVOS/CEPEA: DESVALORIZAÇÃO DOS OVOS PRESSIONA PODER DE COMPRA DO AVICULTOR
Apesar dos recuos nos preços dos principais insumos consumidos na avicultura de postura, milho e farelo de soja, as consecutivas desvalorizações dos ovos durante a segunda quinzena de outubro pressionaram o poder de compra dos produtores frente a esses insumos no acumulado do mês. De acordo com pesquisadores do Cepea, no mercado de ovos, a demanda diminuiu ainda mais na última semana do mês, refletindo o menor poder de compra do consumidor final no período, o que limitou os negócios. O prolongamento da baixa procura gerou sobras de ovos, pressionando ainda mais as cotações.
MANDIOCA/CEPEA: COM EXPECTATIVA DE ALTA NOS PREÇOS, PRODUTORES ADIAM NEGÓCIOS
Mandiocultores têm adiado a comercialização das lavouras mais novas, devido à menor rentabilidade (que agora está bastante atrelada ao teor de amido das raízes) e com expectativa de mais aumentos nos preços. Além disso, vale ressaltar que a disponibilidade de lavouras de segundo ciclo está baixa em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Com isso, fecularias e farinheiras tiveram dificuldades para se abastecer, mesmo tentando adquirir a matéria-prima em regiões mais distantes. Quanto aos preços da raiz, continuaram em alta em todas as regiões, com média nominal a prazo da tonelada posta fecularia de R$ 574,32 (R$ 0,9988 por grama de amido), 2% acima da registrada no período anterior.