O movimento de alta dos preços da soja e derivados, que vinha sendo observado desde o início de julho no mercado brasileiro, foi interrompido. Conforme relatório do USDA divulgado no último dia 12, os estoques mundiais da safra 2017/18 devem aumentar em relação ao divulgado no mês passado, visto que as importações, principalmente chinesas, estão abaixo do esperado. Além disso, conforme pesquisadores do Cepea, boas perspectivas quanto às lavouras norte-americanas, devido a condições climáticas favoráveis, e a desvalorização do dólar frente ao Real também pressionaram as cotações no Brasil. O Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá fechou a R$ 71,12/sc de 60 kg na sexta-feira, 14, recuo de 2,9% frente ao dia 6. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou baixa de 2,7% no mesmo período, fechando a R$ 65,47/sc de 60 kg no dia 14.
MILHO: QUEDA EXTERNA E RECUO DO DÓLAR VOLTAM A PRESSIONAR COTAÇÕES NO BR
As cotações de milho estão em queda no mercado brasileiro, depois das altas registradas no início do mês. Conforme pesquisadores do Cepea, os recuos dos preços na Bolsa de Chicago (CME Group), devido a novas estimativas de oferta e demanda do USDA, e o enfraquecimento do dólar frente ao Real pressionaram as cotações nos portos brasileiros e, consequentemente, os valores internos. Em Campinas (SP), os valores voltaram a cair após a mudança no cenário internacional, favorecendo a pressão de compradores. Assim, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) fechou R$ 26,26/saca de 60 quilos na sexta-feira, 14, recuo de 2% na comparação com a sexta anterior, 7.
MANDIOCA: BAIXA OFERTA CONTINUA E VALORES TÊM LEVE ALTA
O clima seco dos últimos dias reduziu o ritmo de colheita na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, mantendo a oferta de mandioca abaixo das expectativas para o período. Com isso, parte dos agricultores passou a postergar a comercialização da raiz, enquanto outros se voltaram para a colheita do milho em parte das regiões. Quanto à demanda, permaneceu estável, refletindo a baixa liquidez no mercado de derivados, todavia, superando a oferta. Entre 10 e 14 de julho, o valor médio nominal a prazo para a tonelada da mandioca posta fecularia foi de R$ 491,01 (R$ 0,8539 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 0,5% frente à média do período anterior.
BANANA: PREÇO DA NANICA CAI 39% EM SANTA CATARINA
As cotações da banana nanica em Santa Catarina caíram para os menores patamares desde maio/2016, refletindo o aumento da oferta da fruta nas roças do estado nas últimas semanas, conforme relatos de produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea. A qualidade da variedade também afetou a comercialização, já que continua comprometida em algumas regiões. Entre 10 e 14 de julho, o preço médio da banana nanica pago ao produtor de Santa Catarina foi de R$ 0,32/kg, queda de 39% frente à média da semana anterior.