Os preços externos da soja em grão e do farelo caíram com força na semana passada
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio de especulações indicando que as inundações na China, que resultaram na morte de grande volume de animais de corte, podem diminuir a demanda do país asiático por soja e farelo norte-americanos
Além disso, o clima favorável às lavouras dos Estados Unidos e a alta do dólar frente a uma cesta de moedas também influenciaram as baixas internacionais
No Brasil, os valores da soja também caíram, especialmente no final da semana passada
O Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), caiu 5% entre 1º e 8 de julho, fechando a R$ 87,65/saca de 60 kg na sexta-feira, 8
A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, recuou 6,16% no mesmo período, a R$ 83,07/saca de 60 kg no dia 8
MILHO: Produtividade cai, afasta vendedor, e preço reage
Estimativas da Conab indicando forte queda na produtividade nacional do milho segunda safra voltaram a preocupar compradores
Diante disso, produtores se retraíram ainda mais e o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP), que vinha em forte queda desde meados de junho, reagiu na quinta-feira, 7
Na sexta-feira, 8, o Indicador voltou a cair um pouco, fechando a R$ 41,65/saca de 60 kg, mas ainda registrou alta de 1,28% frente à sexta anterior
Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário afastou compradores e os negócios foram pontuais
A Conab estima expressiva queda de 27% na produtividade frente à verificada na safra passada, o que deve à estiagem e às geadas no período de desenvolvimento das lavouras.
MANDIOCA: Em pleno período de safra, oferta segue baixa e preço sobe
A oferta de mandioca continua reduzida na maioria das regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea
A baixa umidade do solo dificulta a colheita em algumas áreas
Além disso, o plantio continua sendo prioridade para produtores e alguns deles também pretendem postergar a colheita
A demanda industrial, por sua vez, seguiu firme por mais uma semana, especialmente por parte das farinheiras paranaenses
Na indústria de fécula, o cenário se repetiu, havendo, inclusive, alguma disputa pelo produto, o que impulsionou as cotações
Entre os dias 4 e 8 de julho, o preço médio a prazo do produto posto fecularia foi de R$ 368,59/tonelada, 7,3% acima da média do período anterior
A alta em quatro semanas foi de 22,4%, em termos nominais.