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Soja: Cotações do Óleo Sobem no BR; Grãos e Farelo Estão em Queda

Publicado 26.06.2017, 09:43
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Os preços do óleo de soja estão em alta no Brasil, atingindo os maiores patamares desde fevereiro deste ano, em termos nominais. O aumento dos valores está atrelado à firme demanda doméstica, principalmente do setor de biodiesel, e ao crescimento das exportações. Na contramão deste movimento, as cotações da soja em grão e do farelo vêm se enfraquecendo, refletindo a redução dos embarques brasileiros e expectativas de estoques elevados no fim da temporada 2016/17, o que tem deixado compradores cautelosos nas negociações. Além disso, a maior oferta na Argentina e expectativas de safra volumosa na temporada 2017/18 dos Estados Unidos também têm pressionado os valores no Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná caiu 1,44% entre 16 e 23 de junho, fechando a R$ 63,18/sc de 60 kg na sexta-feira, 23. O Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá cedeu 1,57% no período, a R$ 68,44/sc de 60 kg no dia 23.

MILHO: COM O AVANÇO DE COLHEITA, PREÇOS VOLTAM A CAIR

Após duas semanas de relativa estabilidade, os preços do milho voltaram a cair na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. A melhora climática favoreceu o avanço da colheita, o que aumentou a oferta do cereal e levou compradores domésticos a reduzir o valor de suas ofertas. Os recuos mais intensos foram observados no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Em Sorriso (MT), no entanto, leilões da Conab têm sustentado as cotações. Na região de Campinas (SP), as baixas foram limitadas pela resistência de vendedores e pela necessidade de alguns compradores de abastecer seus estoques. Entre 16 e 23 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 1,1%, fechando a R$ 26,82/sc de 60 quilos na sexta-feira, 23.

MANDIOCA: OFERTA AUMENTA, MAS DEMANDA ELEVADA IMPULSIONA COTAÇÕES

Melhores condições climáticas na última semana permitiram a retomada da colheita de mandioca em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, resultando em aumento da oferta. No entanto, a demanda por parte da indústria aumentou com mais força, resultando em maior disputa pelo produto e impulsionando os valores. Apesar de mais elevada, a disponibilidade de raízes continua baixa, já que produtores estão voltados às atividades de plantio, e parte dos mandiocultores diminuiu o ritmo de entregas. Entre 19 e 23 de junho, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 474,54 (R$ 0,8253 por grama de amido), alta de 0,9% frente à média da semana anterior.

MAMÃO: PREÇO DO HAVAÍ CAI 46% NO SUL DA BA

Contrariando expectativas, as cotações do mamão havaí voltaram a cair, devido à baixa procura pela fruta nas principais regiões consumidoras (Sul e Sudeste). Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a menor demanda é resultado das baixas temperaturas e da proximidade do final do mês. Além disso, o feriado de Corpus Christi (15) afetou as vendas e aumentou a quantidade de mamão nos atacados na segunda quinzena do mês. Os preços da variedade caíram com mais força no Sul da Bahia, onde o havaí teve média de R$ 0,63/kg entre 19 e 23 de junho, valor 46% menor que o da semana anterior.

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