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Soja: Comprador e Vendedor se Retraem; Cotações se Estabilizam

Publicado 13.02.2017, 10:31

As cotações da soja estão praticamente estáveis no Brasil. Vendedores, atentos à demanda externa aquecida, aos baixos estoques de grão das indústrias brasileiras e à menor produção na Argentina, estão retraídos, negociando apenas pequenos lotes. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, uma parcela das indústrias brasileiras está recebendo a soja negociada ainda no ano passado. Nesse cenário, compradores brasileiros também estão retraídos, fazendo aquisições apenas quando há necessidade e à espera de preços menores para o período de entrada de safra. Entre 3 e 10 de fevereiro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta-entrega), no porto de Paranaguá (PR), subiu 1,46%, a R$ 74,88/sc de 60 kg na sexta-feira, 10. Na média ponderada dos valores no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, houve avanço de ligeiro 0,5% entre 3 e 10 de fevereiro, a R$ 69,84/saca de 60 kg.

MILHO: POSSIBILIDADE DE SAFRA RECORDE PRESSIONA VALORES

Os preços de milho seguem em queda na maior parte das regiões brasileiras acompanhadas pelo Cepea. A expectativa de maior oferta tanto em termos mundiais quanto domésticos continua sendo o principal fator de pressão sobre os valores do cereal. Compradores mantêm a postura retraída e seguem à espera de quedas mais expressivas das cotações. As baixas mais significativas são verificadas nas regiões em que há entrada da safra verão do cereal. Já em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa reagiu ligeiro 0,2% na última semana, fechando a sexta-feira, 10, a R$ 36,04/saca de 60 quilos. Segundo pesquisadores do Cepea, a entrada de maior volume do cereal paulista é esperada entre a segunda quinzena de fevereiro até a primeira de março, o que restringe a disponibilidade imediata do produto. Além disso, o aumento do frete e a preferência pelo escoamento da soja para os portos dificultam a entrada de cereal dos demais estados na região paulista.

MANDIOCA: APÓS TRÊS MESES DE ALTA, PREÇO CAI

Depois de quase três meses de altas consecutivas, o preço médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia caiu 6,3% na última semana, em relação à média anterior, a R$ 555,94 (R$ 0,9669 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg). De acordo com pesquisadores do Cepea, com as expressivas altas registradas nas semanas anteriores, indústrias tiveram dificuldade de repasse dos custos para setores consumidores de derivados. Com isso, uma pequena melhora na oferta de matéria-prima na última semana foi suficiente para reduzir os preços pagos pela raiz. Entretanto, em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, a disponibilidade ainda é considerada baixa, devido à menor oferta de lavouras de segundo ciclo e à ausência de interesse pela comercialização das raízes de um ciclo e meio, que têm apresentado baixa produtividade agrícola.

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