Influenciadas pelas altas internacionais, as cotações da soja subiram no Brasil nos últimos dias, atraindo vendedores para novas negociações e favorecendo a liquidez. Segundo pesquisadores do Cepea, a elevação internacional esteve atrelada às novas estimativas do USDA, que indicaram uma área menor que a esperada por agentes para a temporada 2017/18. Além disso, o USDA sinalizou ligeira piora na qualidade das lavouras norte-americanas, o que também aumentou os futuros em Chicago. Nesse cenário, as negociações aumentaram no porto de Paranaguá, impulsionando o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá para R$ 73,23/sc de 60 kg na sexta-feira, 7, alta de 4,8% em sete dias. Quanto ao Indicador CEPEA/ESALQ Paraná, teve aumento expressivo de 4,5% na mesma comparação, fechando a R$ 67,29/sc de 60 kg na sexta.
MILHO: PREÇOS SOBEM NOS PORTOS E IMPULSIONAM INDICADOR
O aumento da paridade de exportação, decorrente das elevações nos preços do milho na Bolsa de Chicago (CME Group) e, consequentemente, nos portos brasileiros, levou compradores a pagarem mais pelo cereal no mercado interno, principalmente em São Paulo. Conforme pesquisadores do Cepea, compradores acabaram reajustando suas ofertas em Campinas (SP), por conta da retração de produtores e da necessidade imediata de aquisições. Assim, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 26,80/saca de 60 quilos na sexta-feira, 7, alta de 5,1% em relação ao dia 30 de junho. Nas demais regiões do País, o aumento dos preços do milho foi limitado pelo avanço da colheita da segunda safra.
MANDIOCA: DISPONIBILIDADE SEGUE REDUZIDA E MÉDIA SOBE POR MAIS UMA SEMANA
A disponibilidade de mandioca segue reduzida em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, impulsionando os valores da raiz por mais uma semana. Já a demanda tem aumentado gradativamente, com indústrias considerando uma possível retomada das aquisições de farinha e de fécula por parte de atacadistas para repor estoques. Nesse cenário, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 488,53 (R$ 0,8496 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), superando em 0,96% a média do período anterior. Além disso, o valor médio desta semana ficou 43,4% acima daquele em igual período de 2016, em valores reais (deflacionamento pelo IGP-DI de junho/17).
BATATA: INÍCIO DA SAFRA DE INVERNO PRESSIONA VALORES EM TODO O PAÍS
Com o início da colheita da temporada de inverno em Vargem Grande do Sul (SP), as cotações da batata padrão ágata especial caíram nos últimos dias. Além da praça paulista, as atividades de campo também estão em andamento no Sul de Minas, Triângulo Mineiro, Cristalina (GO), Sudoeste Paulista, Chapada Diamantina e Paraná, aumentando a oferta do produto. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a produtividade dos tubérculos também é boa, o que pressiona ainda mais as cotações. Entre 3 e 7 de julho, a batata padrão ágata especial teve média de R$ 42,90/sc de 50 kg nos atacados paulistanos, desvalorização de 5,69% em relação à semana anterior.