Os preços internos e externos da soja subiram na última semana, impulsionados pelo maior interesse comprador e por incertezas quanto ao impacto das chuvas na América do Sul, especialmente na Argentina – o que levou à valorização do farelo de soja. Entre 13 e 20 de janeiro a média ponderada dos valores da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu 3%, indo para R$ 73,65/saca de 60 kg na sexta-feira, 20. O Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), foi para R$ 78,59/sc de 60 kg, expressivo aumento de 3,1% em sete dias. No Brasil, conforme colaboradores do Cepea, as precipitações interromperam a colheita, impossibilitando alguns produtores de entregar lotes comprometidos com exportação. Assim, compradores estiveram mais ativos, visando principalmente completar cargas de navios programados para embarcar a oleaginosa.
MANDIOCA: PREÇO SOBE 151% EM UM ANO
Os preços da mandioca voltaram a subir em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. O impulso veio da demanda firme em relação à oferta, com maior disputa pela raiz entre fecularias e destas, com indústrias de farinha. Além disso, compradores nordestinos passaram a adquirir volumes ainda maiores do produto, cenário que também influenciou na alta dos preços. Entre 16 e 20 de janeiro, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 539,23 (R$ 0,9377 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 3,2% acima da média anterior e 151% maior que no mesmo período do ano passado. Quanto à oferta, quase não há mais lavouras de segundo ciclo para serem colhidas, e agricultores não têm demonstrado interesse pela comercialização das lavouras de um ciclo e meio devido à baixa produtividade.