A recente valorização do dólar elevou os preços internos da soja e vendedores nacionais passam a mostrar maior interesse em negociar. Segundo pesquisadores do Cepea, no início da última semana, as vendas estavam enfraquecidas, devido ao acirramento da queda de braço entre compradores e vendedores. Já na quinta-feira, 18, com a alta do dólar, vendedores ficaram mais ativos, enquanto compradores se afastaram, optando por aguardar o desenrolar das questões políticas e seus possíveis impactos sobre os negócios. Na sexta-feira, 19, o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá finalizou a R$ 70,04/sc de 60 kg, aumento de 2,8% na comparação com a sexta anterior, 12. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná teve avanço de 2.5% frente ao dia 12, fechando a R$ 65,07/sc de 60 kg no dia 19.
MILHO: DÓLAR DISPARA E ELEVA COMPETITIVIDADE DO MILHO BRASILEIRO
A recente forte valorização do dólar frente ao Real, devido a incertezas políticas, elevou ainda mais a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Com isso, o interesse para exportação aumentou e houve aproximação dos valores do milho no spot dos da paridade de exportação. Segundo pesquisadores do Cepea, além da recente alta do dólar, a maior competitividade do cereal nacional está atrelada às consecutivas baixas nos preços do cereal brasileiro. No mercado doméstico, compradores e vendedores têm travado uma competição acirrada, com grande parte dos negócios realizada para atender apenas necessidades de curto prazo. No geral, agentes estão à espera da entrada da segunda safra, comportamento que se intensificou na última quinta-feira, 18, por conta do câmbio. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 0,1% entre 12 e 19 de maio, a R$ 27,07/sc de 60 kg no dia 19.
MANDIOCA: AUMENTO DA OFERTA PRESSIONA COTAÇÕES
As cotações da mandioca caíram na última semana, refletindo a oferta elevada. Agricultores aproveitaram para intensificar a colheita nos dias em que o tempo esteve mais favorável. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos produtores tem necessidade de liberar áreas com raízes de 1º ciclo, por conta de problemas com podridão radicular ou para entregar arrendamentos a vencer nos próximos meses. De 15 a 19 de maio, a média a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 451,31 (R$ 0,7849 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 3% inferior à da semana anterior.
MAMÃO: PREÇO DO HAVAÍ MAIS QUE DOBRA NO ES
O preço do mamão havaí subiu nas regiões produtoras na última semana, refletindo a ligeira redução do volume ofertado. No entanto, segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, as altas foram limitadas pelo menor ritmo de negócios nas principais regiões consumidoras (Sul e Sudeste), atrelado ao clima chuvoso e temperaturas mais baixas. O aumento mais significativo observado para a variedade foi observado no Espírito Santo, onde o produto foi comercializado a R$ 0,61/kg, em média, aumento de 111% em comparação com a semana anterior. Na Ceagesp, por sua vez, o havaí 15-18 foi negociado a R$ 13,33/cx de 8 kg, valor 8% superior na mesma comparação.