Após certa estabilidade verificada no início de setembro, os preços internos da soja em grão voltaram a subir na última sexta-feira, 9, impulsionados pela firme demanda internacional pelo produto norte-americano e pela consequente alta dos contratos futuros da soja na CME Group (Bolsa de Chicago). No Brasil, a valorização do dólar frente ao real também elevou a demanda pelo grão. Entre 2 e 9 de setembro, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente à soja depositada no corredor de exportação e negociada na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), subiu 2,5%, fechando a R$ 81,63/saca de 60 kg na sexta-feira. A média ponderada do grão no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu 2%, a R$ 77,26/saca 60 kg na sexta.
MILHO: Retração compradora pressiona cotações na maioria das praças
O mercado de milho está em busca de equilíbrio entre os preços de compradores e vendedores. Enquanto em algumas regiões os valores subiram, na maioria das praças, ainda se verifica queda nas cotações. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem, especialmente, da retração de compradores, que estão atentos às paridades de importação e exportação. Apesar disso, estimativas oficiais apontam estoques ainda mais apertados para a temporada. O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, região de Campinas (SP), recuou 1,9% em sete dias, fechando a R$ 42,14/saca de 60 kg na sexta-feira, 9.
MANDIOCA: Com oferta reduzida, preços da raiz se elevam
Chuvas na última semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea e o feriado do dia 7 (Dia da Independência) impediram o avanço da colheita de raiz, o que reduziu a oferta de mandioca e, consequentemente, a quantidade de matéria-prima processada na indústria de fécula, que caiu 9,7% no período. Conforme pesquisadores do Cepea, outro motivo para a oferta reduzida do produto é a menor disponibilidade de lavouras de mandioca de segundo ciclo, concentradas com poucos produtores que seguem postergando a comercialização na expectativa de altas nos próximos meses. Assim, entre 5 e 9 de setembro, o preço médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 370,38 (R$ 0,6441 por grama de amido), alta de 1,2% com relação ao período anterior. O aumento não foi expressivo devido à baixa liquidez nos mercados de fécula e de farinha, que estabilizou a demanda industrial.