As cotações da soja e dos derivados subiram no Brasil ao longo da semana passada. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse movimento foi observado mesmo diante das quedas nos valores externos da oleaginosa. Assim, os preços internos tiveram como suporte os menores estoques domésticos e a valorização do dólar frente ao Real. Pesquisadores ressaltam que, com o avanço nos preços, vendedores estiveram mais ativos no mercado interno, elevando a liquidez. No acumulado da parcial de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá avançou 4,36%, fechando a R$ 165,02/sc de 60 kg na sexta-feira, 9.
MILHO: INDICADOR VOLTA A OPERAR ACIMA DOS R$ 96/SC
O movimento de alta nos preços do milho ganhou força na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea. Vendedores têm limitado a oferta de novos lotes no spot, diante das incertezas quanto à produtividade das lavouras – e dados oficiais divulgados na semana passada confirmam as perdas causadas pelo clima adverso nesta safra 2020/21. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) já soma 11 dias consecutivos de avanço e já opera acima dos R$ 96/sc. Na sexta-feira, 9, o Indicador fechou a R$ 96,21/saca de 60 kg, reação de 7,41% na parcial de julho.
MANDIOCA: RITMO DE COLHEITA DIMINUI, E PRESSÃO SOBRE OS PREÇOS É MENOR
Produtores consultados pelo Cepea passaram a priorizar as atividades relacionadas ao plantio ao longo da semana passada, tais como preparação das áreas e a separação de manivas. Além disso, outros ainda optam por postergar a colheita, à espera de preços maiores. Nesse cenário, a oferta de raiz de mandioca diminuiu na semana passada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, contexto que limitou a pressão sobre os preços. Entre 5 e 9 de julho, o valor médio da mandioca posta fecularia foi de R$ 416,09/tonelada, ligeira alta de 0,04% frente à média da semana anterior, mas 6,5% abaixo da registrada em período equivalente de 2020, em termos reais.
OVOS: EXPORTAÇÕES DO PRIMEIRO SEMESTRE SÃO AS MAIORES DESDE 2016
Os embarques da avicultura de postura (ovos in natura e produtos processados) aumentaram em junho, encerrando o primeiro semestre com o maior volume enviado ao exterior no período desde 2016. As condições favoráveis às exportações, como o mercado interno enfraquecido e o dólar valorizado frente ao Real levaram agentes a priorizar as vendas externas. De acordo com dados da Secex compilados pelo Cepea, 5.662 toneladas de ovos foram exportadas de janeiro a junho de 2021, volume 145% maior que o observado no mesmo período do ano anterior e avanço de 4% frente ao primeiro semestre de 2019.