Os preços da soja têm oscilado com certa força neste final de maio. Pesquisadores do Cepea indicam que, nos momentos de baixa, os valores são influenciados pelo clima favorável ao avanço do cultivo nos Estados Unidos, à colheita na Argentina e à finalização das atividades de campo no Brasil. Já as valorizações da soja estiveram atreladas aos baixos estoques norte-americanos e à retração de produtores brasileiros em comercializar novos volumes no spot. Neste último caso, verifica-se grande disparidade entre os valores ofertados por compradores e os pedidos pelos vendedores.
MANDIOCA: OFERTA AUMENTA MENOS QUE O ESPERADO, E VALORES SE SUSTENTAM
A colheita de mandioca avançou pouco nos últimos dias, apesar das recentes chuvas pontuais. Assim, de acordo com colaboradores do Cepea, a oferta da raiz não aumentou como o esperado por agentes do setor, o que sustentou os preços. Entre 24 e 28 de maio, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 476,76 (R$ 0,8291por grama de amido), 0,26% acima do registrado na semana anterior. A média mensal de maio (até o dia 28) superou em 7% a de abril.
OVOS: DISPONIBILIDADE DE OVOS SUPERA DEMANDA, E PREÇOS CAEM
A procura por ovos está enfraquecida no mercado doméstico. Isso porque o poder de compra da população, que já está baixo, diminui ainda mais com a aproximação do fim do mês, reduzindo a liquidez e elevando os estoques e a oferta da proteína. Segundo colabores do Cepea, apesar de a maioria dos agentes não ter alterado o preço-base dos ovos, muitos têm recorrido a descontos para efetivar vendas, acarretando desvalorizações tanto do produto branco quanto do vermelho. Nesse cenário, e sem previsão de melhora significativa no consumo do brasileiro, colaboradores do Cepea veem no controle da oferta uma alternativa para garantir melhores preços para o setor, que vem lidando com elevados custos de produção já há algum tempo, muitas vezes trabalhando com margens negativas.