O cultivo da temporada 2021/22 de soja está em ritmo acelerado no Brasil, e o clima tem favorecido as lavouras, gerando expectativas de maior produtividade. Nesse cenário, segundo informações do Cepea, vendedores estão mais dispostos a negociar o restante da temporada 2020/21, liberando os armazéns para a chegada da nova safra. Com cultivo acelerado, expectativa de maior oferta e produtores mais dispostos a negociar, os preços da oleaginosa seguiram em queda. Entre 5 e 12 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá caiu 2,18%, fechando a R$ 159,17/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 12. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná recuou 2,13% no mesmo comparativo, indo para R$ 156,39/sc.
MILHO: COMPRADOR SEGUE RETRAÍDO; PREÇOS CONTINUAM EM QUEDA
O movimento de baixa continua sendo observado nos preços domésticos do milho, de acordo com informações do Cepea. De 5 a 12 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 4,46%, fechando a R$ 82,75/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 12. Compradores seguem afastados do mercado spot nacional. Do lado vendedor, alguns analisam necessidade de “fazer caixa” e outros estão mais dispostos a negociar, visando liberar espaços em armazéns para a entrada da safra verão. Além disso, as exportações seguem desaquecidas e as estimativas divulgadas na semana passada pela Conab indicaram possível boa produtividade na safra 2021/22.
MANDIOCA: PREÇO NOMINAL É O MAIOR EM QUATRO ANOS
Devido às recentes altas nos preços, produtores têm demonstrado baixo interesse em comercializar as poucas áreas de mandioca disponíveis. Além disso, segundo informações de colaboradores do Cepea, o menor teor de amido nas raízes também é motivo de retração dos mandiocultores. Ao mesmo tempo, fecularias e farinheiras têm aumentado o interesse na industrialização da matéria-prima, elevando a disputa pelo produto. Nesse cenário, de acordo com dados do Cepea, os preços continuam em alta em todas as regiões. A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu 6,8% na semana passada, a R$ 659,52 (R$ 1,1470 por grama de amido), a maior em quatro anos, em termos nominais.
OVOS: EXPORTAÇÕES ATINGEM O MAIOR VOLUME EM SEIS MESES
Os embarques de ovos para consumo, tanto in natura quanto processados, tiveram forte aumento em outubro, atingindo o maior patamar dos últimos seis meses. Com essa alta, de acordo com pesquisadores do Cepea, o setor se recupera dos recuos registrados no segundo e terceiro trimestres de 2021. A movimentação das exportações brasileiras de ovos neste ano tem seguido a sazonalidade típica, com resultados menores no meio do período e forte incremento nos primeiros e últimos meses. De acordo com dados da Secex compilados por pesquisadores do Cepea, em outubro, foram enviadas ao exterior 819,4 toneladas de ovos (in natura e industrializados), volume 26% maior que o exportado em setembro e mais que o dobro do embarcado em outubro/20.