As cotações da soja em grão estão relativamente firmes no mercado interno, mas a liquidez está baixa, de acordo com informações do Cepea. Parte dos produtores liquidou alguns lotes em dias de altas mais significativas nos preços internos, mas se retraiu em seguida. A maior parte dos sojicultores tem intenção de fazer contratos com entrega entre setembro e novembro, período de maior especulação sobre a safra brasileira e quando as oportunidades de vendas podem ser melhores. Já compradores seguem cautelosos nas aquisições, fechando apenas pequenos contratos para completar cargas. Entre 27 de julho e 3 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou apenas 0,87%, fechando a R$ 87,30/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 3. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná ficou praticamente estável (-0,22%), a R$ 81,96/sc de 60 kg no dia 3.
MILHO: DEMANDA SUSTENTA COTAÇÕES
As altas dos preços do milho se mantêm no mercado interno, devido à maior demanda, de acordo com pesquisadores do Cepea. Compradores priorizam a aquisição de pequenos lotes para o abastecimento de curto prazo e, nestes casos, precisam elevar os valores. Vendedores, por sua vez, estão postergando novos negócios, diante do atraso da colheita da segunda safra, das incertezas quanto ao frete e, principalmente, da possível redução na produtividade. Entre 27 de julho e 3 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 3,24%, fechando a R$ 39,78/sc de 60 kg na sexta-feira, 3. Em julho, o Indicador acumulou alta de expressivos 7%.
MANDIOCA: PREÇOS FICAM ESTÁVEIS, MESMO COM LEVE QUEDA NA DEMANDA
Considerando a baixa liquidez nos mercados de derivados, as margens apertadas e as expectativas de preços mais baixos, as indústrias de fécula e principalmente de farinha diminuíram a demanda pela matéria-prima, segundo informações do Cepea. Entre 30 de julho e 3 de agosto, o preço médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 474,25 (R$ 0,8248 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), praticamente estável frente à média anterior (R$ 474,52/t). Em valores atualizados (deflacionamento pelo IGP-DI de junho de 2018), a média da semana passada está 16,7% abaixo da registrada no mesmo período de 2017.
MAÇÃ: VENDAS SE AQUECEM NESTE INÍCIO DE AGOSTO
A demanda por maçãs aumentou na semana passada (de 30 de julho a 3 de agosto) em relação ao final de julho, elevando os preços. Segundo dados do Hortifruti/Cepea, a cotação média da fuji graúda Cat 1 foi de R$ 65,20/cx de 18 kg na região de Fraiburgo (SC), valor 4% menor em relação à semana anterior. Segundo agentes, o fim das férias escolares e, consequentemente, o aumento na compra de merendas podem ter ajudado nesta reação do mercado. A partir desta semana, com o recebimento dos salários, as vendas devem aumentar. Porém, agosto não deve registrar uma reação tão significativa no mercado – visto que as temperaturas ainda serão baixas, o que desestimula as compras de frutas.