Produtores de soja consultados pelo Cepea se retraíram das vendas de grandes lotes, cenário que resultou em altas nos preços. Esse cenário se deve à firme demanda, por causa do aquecimento das exportações, e à baixa oferta do grão, ocasionada pelo ritmo lento na colheita brasileira. Entre 23 de fevereiro e 2 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 4,33%, a R$ 80,06/saca de 60 kg no dia 2. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou alta de 3,3%, a R$ 73,5/sc de 60 kg na sexta-feira. Na média de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 4% frente ao mês anterior, e o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná, 3%.
MILHO: MERCADO APRESENTA FORTE ALTA EM FEVEREIRO
Os preços de milho vêm apresentando fortes altas nos mercados externo e interno, segundo informam pesquisadores do Cepea. No cenário internacional, as cotações são impulsionadas especialmente por preocupações quanto ao clima na Argentina. No Brasil, muitos demandantes estão com baixos estoques e, com isso, precisam ceder nas negociações para conseguir comprar novos lotes de milho – esse cenário é verificado especialmente no mercado paulista. Neste ambiente de alta, produtores/vendedores consultados pelo Cepea ofertam apenas pequenos lotes, dando prioridade aos negócios envolvendo a soja, que apresenta maior liquidez. Em fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) avançou 19,6%, e entre 23 de fevereiro e 2 de março, 9%, fechando a R$ 40,06/saca de 60 kg na sexta-feira, 2.
MANDIOCA: MÉDIA SEMANAL É A MENOR DESDE SETEMBRO DE 2017
Os preços de mandioca seguem em queda, de acordo com pesquisadores do Cepea. A média para a raiz posta fecularia caiu pela quinta semana consecutiva, chegando a R$ 545,90/t (R$ 0,9494 por grama na balança hidrostática de 5 kg) entre 26 de fevereiro e 2 de março, 4,7% abaixo da registrada no período anterior e a menor desde setembro do ano passado, em termos nominais. Isso porque o mercado continua apresentando baixa liquidez e farinheiras consultadas pelo Cepea demandam menores quantidades de mandioca. Parte desse produto continuou sendo destinada à indústria de fécula, que em muitos casos pôde otimizar o processamento, levando a uma ligeira diminuição na ociosidade industrial.