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Soja: Produtores Estiveram Focados na Finalização do Semeio e nos Tratos Culturais

Publicado 11.12.2018, 13:05

Produtores estiveram focados na finalização do semeio e nos tratos culturais das lavouras de soja da temporada 2018/19, deixando a comercialização de lado. Enquanto isso, os prêmios de exportação estiveram pressionados, refletindo a possibilidade de retomada das negociações entre os Estados Unidos e a China e a expectativa de maior oferta na América do Sul no primeiro semestre de 2019. O que preocupa sojicultores brasileiros é que, se esse acordo se confirmar e, ao mesmo tempo, se a demanda chinesa pelo produto nacional diminuir, as exportações brasileiras devem recuar. O USDA indicou, no relatório de oferta de demanda mundial de novembro, que a China deve importar apenas 90 milhões de toneladas de soja na temporada 2018/19, o menor volume desde a safra 2015/16. Mesmo com baixos estoques, vendedores aproveitaram os patamares de preços para negociar novos lotes no spot, especialmente para exportação. Apesar de ser um período fora da janela de exportação da oleaginosa, o mercado foi demandado em novembro.

Em novembro, as exportações de soja foram recordes se comparadas às do mesmo mês de anos anteriores, com volume 136,7% superior ao de novembro/17, segundo dados da Secex. Nesse contexto, o volume ofertado no spot foi baixo, até porque o remanescente da safra 2017/18 estava reduzido e já havia produtores sem soja para comercializar. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul (regiões com maior estoque de soja, segundo informações do Cepea), as vendas foram esporádicas, diante da retração de sojicultores em fixar novos lotes. Já em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Paraná, alguns produtores não têm mais estoque da safra 2017/18 e os que ainda têm mostram interesse em aproveitar os atuais elevados patamares. Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa e CEPEA/ESALQ Paraná da soja registram alta de cerca de 4% entre novembro/17 e novembro/18, em termos reais (IGP-DI outubro/18). Embora o remanescente da safra 2017/18 seja pequeno, o enfraquecimento na demanda interna e as expectativas de produção recorde na temporada 2018/19 pressionaram com força os valores da oleaginosa em novembro. Grande parte das indústrias já havia se abastecido com o grão em outubro e não demonstrou necessidade de novas aquisições. Vale ressaltar que a margem de lucro das indústrias cresceu em novembro, beneficiada pela maior demanda por óleo de soja, especialmente para a produção de biodiesel no Brasil. Já a demanda doméstica por farelo de soja esteve enfraquecida no mês.

Muitos demandantes do derivado haviam feito contratos em outubro para recebimento em novembro, enquanto outros consumidores já se abasteceram para praticamente todo o final de ano. Uma parte de avicultores e suinocultores indicou comprar apenas quando havia boa oportunidade e não sinalizou necessidade de lotes grandes. Nesse cenário, se comparadas as médias de outubro e novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) registrou queda de 7%, com média de R$ 84,16/saca de 60kg. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná recuou 6,9%, a R$ 78,33/sc de 60 kg em novembro. No mesmo comparativo, o dólar se valorizou 0,7%, com média mensal de R$ 3,7873. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações da oleaginosa caíram 5,6% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e 6,2% no de lotes (negociações entre empresas) entre outubro e novembro. Quanto aos derivados, entre outubro e novembro, os preços do farelo de soja recuaram 4,1% na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Por outro lado, para o óleo de soja, na cidade de São Paulo (com 12% de ICMS), houve valorização de 1,9% no mesmo comparativo, a R$ 2.974,01/tonelada na média de novembro. Na CME Group (Bolsa de Chicago) entre outubro e novembro, o primeiro vencimento da soja avançou 2%, a US$ 8,7711/bushel (US$ 19,34/sc de 60 kg) no último mês. No mesmo comparativo, o primeiro vencimento (Dez/18) do óleo de soja recuou 4,2%, a US$ 0,2769/lp (US$ 610,47/t). O contrato de mesmo vencimento de farelo de soja registrou queda de 1,6% entre os dois últimos meses, a US$ 307,31/tonelada curta (US$ 338,75/t).

Série estatística

Estimativas de valor de venda

Evolução dos preços

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