As cotações da soja registraram ligeira alta na semana passada, devido à valorização do dólar frente ao Real, à relativa estabilidade dos prêmios e ao aumento de cotas nos armazéns portuários, cenário que aumentou também a liquidez no mercado. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá avançou 0,2%, a R$ 76,66/saca de 60 kg nessa quinta-feira, 18. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 0,3%, a R$ 72,11/sc de 60 kg nessa quinta. Pesquisadores do Cepea afirmam que, apesar dos recentes aumentos, na parcial deste mês, os valores da oleaginosa são os menores desde janeiro de 2019, em termos nominais. Isso se deve à menor procura de indústrias brasileiras, uma vez que grande parcela tem garantido os lotes por contrato a termo e negociado poucos volumes no spot. Além disso, as aquisições são para consumo a médio prazo, visto que agentes esperam preços menores.
OVOS: ÚLTIMA SEMANA DA QUARESMA É MARCADA POR PREÇOS ESTÁVEIS
Apesar da estabilidade nas cotações dos ovos comerciais, o ritmo de negócios esteve mais intenso na semana passada. Com isso, colaboradores do Cepea afirmam que, no geral, o mercado de ovos apresentou bom desempenho de vendas no período de Quaresma deste ano. Entre 11 e 18 de abril, as cotações do ovo tipo extra, branco, colocado na Grande São Paulo, registraram elevação de 0,3%, com a média da caixa com 30 dúzias passando para R$ 94,42 nessa quinta-feira, 18. Para o produto vermelho, entregue na Grande SP, houve alta de 0,9% de 11 a 18 de abril, com a caixa de 30 dúzias comercializada a R$ 110,87 na quinta-feira. Com o encerramento da Quaresma, avicultores consultados pelo Cepea se mostram receosos com o possível enfraquecimento das vendas nas próximas semanas. Parte dos agentes, inclusive, já cogita intensificar os descartes de poedeiras mais velhas.
CITROS: FERIADO AUMENTA DEMANDA POR TAHITI E PREÇO SOBE
O mercado in natura esteve mais aquecido para a lima ácida tahiti nos últimos dias, segundo pesquisas do Cepea, devido ao feriado de Paixão de Cristo, quando a demanda pela fruta aumentou, tendo em vista a utilização para tempero de pratos típicos do período. Além disso, agentes relatam que muitos produtores teriam reduzido a colheita da variedade, no intuito de valorizar a tahiti. Neste cenário, na semana passada, a fruta registrou média de R$ 26,66/cx de 27 kg, colhida, alta de 16,9% em relação à anterior. Já para a laranja de mesa, as vendas estiveram desaquecidas nos últimos dias, tanto devido ao feriado, que impacta os negócios, quanto à maior disponibilidade de frutas verdes da safra 2019/20. Na semana passada, a laranja pera registrou média de R$ 31,35/caixa de 40,8 kg, na árvore, queda de 9,6% em relação ao período anterior.