As cotações da soja em grão se enfraqueceram na semana passada, segundo dados do Cepea, devido à melhora climática nos Estados Unidos e, consequentemente, às desvalorizações dos futuros negociados na CME Group. Entre 21 e 28 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná caiu 0,09%, a R$ 75,7/sc de 60 kg nessa sexta. No mesmo comparativo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) teve aumento de apenas 0,33%, a R$ 81,8/saca de 60 kg no dia 28. Porém, quando consideradas as médias mensais dos Indicadores, as altas foram de 4,6% e 4,5%, respectivamente, entre maio e junho, e são as maiores desde dezembro/18, em termos reais (IGP-DI maio/19).
MILHO: COLHEITA DA 2ª SAFRA LIMITA AUMENTOS
As cotações do milho continuam em alta em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea; no entanto, o ritmo das valorizações domésticas foi limitado nos últimos dias, devido à colheita da segunda safra. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 0,75% no acumulado de junho e 0,7% entre 21 e 28 de junho, fechando a R$ 38,85/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 28. Quanto à comercialização do milho da segunda safra, ainda ocorre de maneira pontual, já que muitos compradores aguardam um avanço da colheita para adquirir novos lotes e/ou para receber os contratos. Neste mês, as exportações do cereal brasileiro se mantêm acima das observadas no mesmo período de anos anteriores e devem seguir intensas nas próximas semanas. Segundo dados da Secex, nos primeiros 14 dias úteis de junho, foram embarcadas 415 mil toneladas de milho, superando quase três vezes os embarques de todo o mês de junho/18.
MANDIOCA: OFERTA RESTRITA MANTÉM PREÇOS EM ALTA
Parte dos mandiocultores consultados pelo Cepea seguiu adiando a comercialização na semana passada, devido à menor rentabilidade, que afeta diretamente a decisão de entrega. Alguns, inclusive, realizaram a poda. Outros priorizaram as atividades relacionadas ao plantio, como a separação de manivas ou o preparo de solo. Vale destacar que, embora tenha chovido nos últimos dias, o clima seco prevaleceu, limitando o avanço da colheita em parte das áreas. Com a menor oferta, entre 24 e 28 de junho, os valores da mandioca seguiram em elevação. A média semanal a prazo da tonelada posta fecularia foi de R$ 304,91 (R$ 0,5303 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 3,4% acima da registrada no período anterior.