Os preços da soja voltaram a subir com certa força no Brasil e no mercado externo. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram impulsionados por dados do USDA indicando área plantada nos Estados Unidos e estoques abaixo do esperado por agentes. A valorização do dólar frente ao Real também influenciou o movimento de recuperação no Brasil. De 25 de junho a 2 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu fortes 10,44%, a R$ 164,28/sc de 60 kg na sexta-feira, 2, e recuperando, portanto, parte das perdas observadas em junho – vale lembrar que, no dia 25 de junho, esse Indicador fechou a R$ 148,74, o menor patamar nominal desde dezembro/20.
MILHO: GEADAS AFASTAM VENDEDORES DO SPOT; MILHO VOLTA A SE VALORIZAR
Mesmo diante do avanço da colheita de segunda safra no Brasil, as cotações do milho voltaram a subir entre o encerramento de junho e o início de julho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Essa reação ocorre após geadas terem sido observadas em algumas praças na semana passada, que deixaram produtores em alerta e afastados do mercado spot. Pesquisadores do Cepea indicam que, diante disso, parte dos compradores com forte necessidade esteve mais flexível, e acabou pagando os valores maiores pedidos por vendedores. No entanto, as negociações foram pontuais e envolveram pequenos volumes. Na sexta-feira, 2, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) fechou a R$ 92,10/saca de 60 kg, reação de 6,75% frente à sexta anterior, 25 de junho.
MANDIOCA: CLIMA DEIXA PRODUTORES EM ALERTA
Chuvas e geadas foram verificadas na semana passada em parte do Centro-Sul brasileiro, cenário que deixou agentes do mercado de mandioca em alerta. De acordo com pesquisadores do Cepea, a geada foi intensa em algumas regiões, prejudicando as ramas, o que, consequentemente, deve afetar produtores que não estavam programados para um novo plantio. Em algumas áreas, agentes colaboradores apontaram que as perdas de manivas se aproximaram de 80%. Diante disso, a oferta de raiz de mandioca foi menor na semana passada, o que acabou diminuindo a pressão sobre os preços em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.
OVOS: MERCADO TEM RECUPERAÇÃO EM JUNHO
Após lentidão nas vendas e fortes recuos nos preços dos ovos em maio, o mercado se aqueceu e as cotações voltaram a se elevar em junho. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta controlada de ovos, devido aos esforços do setor, se juntou ao aquecimento nas vendas domésticas, elevando os preços nas três primeiras semanas do mês. O alto patamar das cotações das principais carnes consumidas pelo brasileiro, bovina, suína e de frango, favoreceu as vendas de ovos, uma vez que a população busca alternativas mais “em conta”, devido à crise econômica. Já no fim de junho, as vendas voltaram a se retrair, e os preços recuaram, à medida que colaboradores buscavam evitar sobras do produto. Mesmo assim, na média do mês, as altas superaram os recuos, e os preços de junho mostram recuperação frente a maio.