Os preços do complexo soja renovaram as mínimas em abril, de acordo com pesquisas do Cepea. No Brasil, o movimento baixista se deve à forte desvalorização nos contratos futuros nos Estados Unidos, às expectativas de safra volumosa na Argentina, à oferta nacional abundante e à demanda enfraquecida, tanto por parte de compradores domésticos quanto externos. Ressalta-se que a queda no Brasil acabou sendo limitada pela valorização do dólar e pelo elevado ritmo de embarques do grão, que estabilizou os prêmios de exportação. Entre 26 de abril e 3 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 3,5% a R$ 73,40/saca de 60 kg na sexta-feira, 3. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná caiu 2,8%, a R$ 69,16/sc de 60 kg na sexta.
MILHO: PERSPECTIVA DE OFERTA ELEVADA MANTÉM COTAÇÕES EM BAIXA
O bom desenvolvimento das lavouras de milho mantém a perspectiva de oferta elevada no segundo semestre, de acordo com pesquisas do Cepea. Atentos a esse cenário e já abastecidos, compradores consultados pelo Cepea realizam pontualmente aquisições de pequenos lotes. Já produtores estão mais interessados em negociar, tanto no mercado spot quanto no futuro. Nesse contexto, os preços do cereal seguem em queda. De 26 de abril a 3 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3,1%, fechando a R$ 33,21/sc de 60 kg na sexta-feira, 3. No acumulado de abril, a baixa foi de fortes 12,5%, com o Indicador voltando aos patamares de fevereiro/18, em termos nominais.
OVOS: PREÇO DOS INSUMOS FAVORECE AVICULTOR PAULISTA EM ABRIL
De março para abril, os ovos brancos tipo extra negociados em Bastos (SP) registraram ligeira valorização. Por outro lado, os principais insumos utilizados na alimentação das poedeiras, milho e farelo de soja, tiveram retração nos preços, o que elevou o poder de compra dos avicultores paulistas a patamares não observados desde outubro/17. Em abril, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos tipo extra teve preço médio de R$ 84,98 em Bastos. Até o feriado religioso da Sexta-Feira Santa (19), os valores recebidos pelos produtores registravam tendência altista, passando a recuar a partir do dia 20 e fechando a R$ 77,33/cx no último dia útil de abril (30). De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, a expectativa é de que, com a proximidade do período de recebimento de salários e do Dia das Mães, as vendas de ovos se aqueçam, elevando as cotações.
CITROS: COLHEITA DE TAHITI SE INTENSIFICA E PREÇOS CAEM
A intensificação da colheita de lima ácida tahiti tem enfraquecido as cotações da variedade nos últimos dias. Pesquisas do Cepea apontam que na semana passada, a tahiti registrou média de R$ 19,19/cx de 27 kg, colhida, 23,3% inferior à do período anterior. No balanço de abril, no entanto, a fruta teve média de R$ 24,08/cx de 27 kg, colhida, altas de 42,7% em relação a março e de 29,4% no comparativo com abril/18, em termos nominais. Para maio, agentes temem que haja concentração da colheita da tahiti, o que poderia pressionar os valores, justamente num período em que os preços costumar subir. Em relação à laranja, devido à maior oferta e ao feriado nacional em 1° de maio, as vendas de cítricos estiveram limitadas nos últimos dias. Na semana, a hamlin foi negociada a R$ 19,65/cx de 40,8 kg, na árvore, valor 2,9% inferior ao da passada. A pera registrou média de R$ 25,12/cx, recuo de 7,3% no mesmo comparativo.