Os preços da soja em grão estavam em alta na semana passada, mas recuaram na sexta-feira, 21, segundo dados do Cepea. A baixa, de acordo com pesquisadores, veio das desvalorizações do dólar e da queda nos contratos futuros na CME Group (Bolsa de Chicago), cenário que reduziu a liquidez interna. Entre 14 e 21 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 1,45%, a R$ 81,53/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 21. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou queda de 2,45%, a R$ 75,77/sc de 60 kg no dia 21. O dólar se desvalorizou 1,88% em sete dias, a R$ 3,82 nessa sexta.
MILHO: EXPORTAÇÃO MANTÉM PREÇO EM ALTA
Os valores do milho continuam subindo na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, devido ao bom ritmo dos embarques nacionais do cereal. A elevação tem sido observada mesmo com o avanço da colheita. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) registrou alta de 0,73% de 14 a 21 de junho, fechando a R$ 38,58/saca de 60 kg na sexta-feira, 21. Quanto às exportações, nos primeiros 10 dias úteis deste mês, o Brasil vendeu 173,2 mil toneladas de milho ao mercado internacional, volume 21,3% superior ao embarcado em todo o mês de junho de 2018. Na parcial da safra (de fevereiro/19 a junho/19), as exportações somam 4,2 milhões de toneladas, praticamente o dobro do volume embarcado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex.
OVOS: PODER DE COMPRA DEVE CAIR PELO SEGUNDO MÊS SEGUIDO
As movimentações de preços dos ovos comerciais e dos principais insumos da avicultura de postura, o milho e o farelo de soja, indicam que, pelo segundo mês consecutivo, o poder de compra de produtores deve ter retração. Na parcial de junho, os valores da proteína até subiram, mas os insumos tiveram valorização ainda maior. Segundo a Equipe de Grãos do Cepea, as valorizações do milho decorrem do ritmo aquecido das vendas ao front externo e da expectativa de que esse comércio seja ainda mais intensificado, devido aos impactos do clima desfavorável nos Estados Unidos. Esse segundo fator, bem como a capitalização dos sojicultores, tem mantido os ofertantes de soja retraídos. Há, ainda, a expectativa de que os negócios envolvendo farelo sejam intensificados, por conta das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos e também entre o país norte-americano e o México.
CITROS: PREÇO DA LARANJA SOBE NO MERCADO DE MESA
O maior recebimento de laranjas contratadas pelas indústrias paulistas tem reduzido o volume no mercado de mesa e elevado os preços, conforme indicam pesquisadores do Cepea. Na semana passada, a pera foi negociada a R$ 18,25/cx de 40,8 kg, na árvore, em média, alta de 3,3% frente ao período anterior. Para a lima ácida tahiti, o controle proposital da colheita ainda tem sustentado os preços da variedade, apesar da baixa demanda interna. Na semana passada, o valor médio foi de R$ 14,64/cx de 27 kg, colhida, avanço de 7,3% em relação ao anterior.