As chuvas nas lavouras de soja de praticamente todo o Brasil têm beneficiado as plantas, o que tem pressionado as cotações, segundo informações do Cepea. Porém, no Rio Grande do Sul, o excesso de precipitações começa a deixar sojicultores em alerta. De acordo com dados da Emater, produtores das regiões de Ijuí e Santa Rosa precisam realizar replantio – na primeira praça, lavouras estão desuniformes e, na segunda, houve casos de lagartas e de plantas invasoras. Quanto aos preços, entre 29 de novembro e 6 de dezembro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá e CEPEA/ESALQ Paraná recuaram 0,56% e 1,05%, com respectivos fechamentos de R$ 89,56/saca e R$ 83,99/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 6. A queda, por outro lado, foi limitada pela valorização nos prêmios de exportação e pelo alto patamar do dólar.
MILHO: PREÇOS SEGUEM EM ALTA, MAS INTENSIDADE VARIA DENTRE REGIÕES
As cotações do milho continuam subindo no mercado interno, de acordo com dados do Cepea. Porém, a intensidade desse movimento está distinta entre as praças acompanhadas. De 29 de novembro a 6 de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registra alta de 0,52%, fechando a R$ 48,13/saca de 60 kg. As reações mais expressivas são verificadas em regiões em que, até então, compradores estavam conseguindo “segurar” os preços. Por outro lado, em algumas praças, foram verificadas ligeiras quedas nos valores nestes últimos dias. Esse cenário é resultado de uma busca de ajuste de preços, após a disparada observada desde meados de outubro.
MANDIOCA: BAIXA OFERTA PODE ANTECIPAR RECESSO
Alguns produtores com raízes disponíveis retomaram a colheita no início da semana passada. Porém, as chuvas limitaram os trabalhos em boa parte do período, e a quantidade ofertada continuou restrita, de acordo com informações do Cepea. Assim, diante da baixa disponibilidade de lavouras, com mandiocultores postergando as entregas, por conta do rendimento de amido e produtividade baixos, parte da indústria já sinaliza antecipar o período de recesso. Quanto aos preços, seguiram em alta. Entre 2 e 6 de dezembro, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 468,96 (R$ 0,8156 por grama de amido), 5,3% acima da média anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 24,2%, em termos reais (valor deflacionado pelo IGP-DI de outubro/2019).
OVOS: MÉDIA PARCIAL DE DEZEMBRO SUPERA A DO PERÍODO DA QUARESMA
O aumento da procura por ovos neste início de mês tem impulsionado com força as cotações. Em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, a alta mensal verificada para o ovo tipo extra, branco, já supera a registrada durante a Quaresma, período de maior valorização do produto. Segundo colaboradores do Cepea, além do típico aquecimento das vendas em início de mês, os elevados patamares de preços das principais carnes consumidas pelo brasileiro (bovina, suína e de frango) seguem favorecendo as altas nas cotações dos ovos.