A alta externa, o prêmio de exportação elevado e a retração de produtores em comercializar o remanescente da safra 2021/22 no Brasil fizeram com que os preços da soja reagissem na semana passada. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a maior demanda internacional, sobretudo, da China, aqueceu a disputa pela soja com agentes nacionais. Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja registraram respectivos fechamentos de R$ 189,54/sc e de R$ 183,83/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 26, com aumentos de 2,46% e de 2,3%, na mesma ordem, entre 19 e de 26 de agosto.
MILHO: COM VENDEDOR RETRAÍDO, PREÇOS AVANÇAM
As cotações do milho estão firmes no Brasil, de acordo com dados do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registrou elevação de 1,75% de 19 a 26 de agosto, fechando a R$ 83,6/sc de 60 kg na sexta-feira, 26. No contexto internacional, os valores também subiram, impulsionados por notícias indicando possíveis reduções na produtividade das lavouras dos Estados Unidos, por preocupações relacionadas à seca na Europa e na China e pela diminuição dos embarques pelo Mar Negro. Atentos a esse cenário, produtores brasileiros se afastaram do spot nacional, elevando os preços internos.
MANDIOCA: LIQUIDEZ ESTÁ BAIXA NO MERCADO DE DERIVADOS
Com a lentidão nos mercados dos derivados de mandioca, parte da indústria de fécula tem limitado o volume de esmagamento, aumentando a pressão sobre os valores. Quanto à oferta, depois das recentes chuvas, os trabalhos no campo foram retomados em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. No entanto, há baixa disponibilidade de lavouras, especialmente as de segundo ciclo, e agricultores seguem priorizando o plantio. Assim, a oferta cresceu, mas abaixo do esperado. Na semana passada, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu apenas 0,12%, para R$ 925,93 (R$ 1,6103 por grama de amido).
OVOS: EM LINHA COM OS PREÇOS DAS CARNES, OVOS SE DESVALORIZAM
As cotações dos ovos comerciais registraram queda nos últimos dias, seguindo o movimento observado nos mercados das carnes bovina, suína e de frango. Com o avanço da segunda quinzena, a procura pelo produto se enfraqueceu, levando produtores e distribuidores a baixarem os preços pedidos, em uma tentativa de elevar a liquidez e reduzir estoques. Apesar da recente queda dos preços no mercado de ovos, é importante lembrar que, na média de agosto, os valores continuam em patamares recordes em todas as praças, sustentados pela menor oferta e pela procura elevada na maior parte do mês.