Mesmo com baixos estoques de soja, vendedores consultados pelo Cepea aproveitam os patamares atuais para negociar novos lotes no spot, especialmente para exportação. Apesar de ser um período fora da janela de exportação da oleaginosa, o mercado foi demandado em novembro. Na parcial de novembro (considerando-se os primeiros 15 dias úteis), as exportações de soja já são recordes se comparadas às do mesmo mês de anos anteriores, com o volume sendo 88% superior ao de novembro/17, segundo dados da Secex. A média diária de embarques está 10,35% acima do observado em outubro/18, ainda de acordo com a Secretaria. Quanto ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR), entre 23 e 30 de novembro, recuou 0,5%, a R$ 82,78/saca de 60 kg na sexta-feira, 30. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu leve 0,2%, a R$ 77,84/sc de 60 kg no dia 30.
MILHO: COM VENDEDORES RETRAÍDOS, INDICADOR SOBE 10% EM NOVEMBRO
A necessidade de compradores de repor estoques e a posição retraída de vendedores seguem elevando as cotações de milho no mercado interno, principalmente nas regiões consumidoras acompanhadas pelo Cepea. As preocupações com o frete e a expectativa de preço maior nas próximas semanas fazem com que produtores consultados pelo Cepea reduzam suas ofertas. Por outro lado, o baixo ritmo de exportações e a expectativa de estoques confortáveis com a entrada da safra verão limitam maiores valorizações. Em novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas –SP) registrou alta de 10,6%, fechando a R$ 37,81/saca de 60 kg na sexta-feira, 30. Especificamente entre 23 e 30 de novembro, o aumento foi de 1,3%.
OVOS: MENOR PROCURA NA ÚLTIMA SEMANA DO MÊS PRESSIONA COTAÇÕES
Com a oferta ainda elevada e a redução da procura, típica em final de mês, as cotações dos ovos comerciais caíram com força nos últimos dias em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com colaboradores do Cepea, nas últimas duas semanas, as especulações de preços têm ocorrido com maior frequência do que os negócios propriamente efetivados, o que dificulta a comercialização do produto, uma vez que a expectativa de compradores por preços mais baixos inibe as negociações imediatas.
MANDIOCA: OFERTA SUPERIOR À DEMANDA SEGUE PRESSIONANDO COTAÇÃO
De acordo com pesquisas do Cepea, o baixo interesse de processamento das indústrias, que não querem formar estoques e já sinalizam interromper as atividades, e a oferta elevada pressionaram as cotações da mandioca pela oitava semana seguida. Do lado produtor, mandiocultores consultados pelo Cepea com necessidade de “caixa” optam por realizar a colheita das lavouras com um ano e meio. Além disso, focos de podridão radicular e/ou bacteriose em lavouras com possibilidade de colheita também têm “forçado” a antecipação das atividades.