O Brasil deve elevar os embarques de farelo de soja na temporada 2022/23, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto. De acordo com o relatório do USDA divulgado em 12 de julho, o País deve exportar o recorde de 21,5 milhões de toneladas de farelo de soja na temporada 2022/23 (de outubro/22 a setembro/23). O aumento dos embarques brasileiros de farelo está atrelado à redução do processamento de soja na Argentina – que é estimado em apenas 30 milhões de toneladas (o menor das últimas 18 temporadas) – e à maior demanda para consumo doméstico no país vizinho, que deve ser recorde, previsto em 3,35 milhões de toneladas.
MILHO: COM AGENTES RETRAÍDOS, RITMO DE NEGÓCIOS É LENTO
As negociações de milho seguem em ritmo lento no Brasil, com os preços em queda, conforme dados do Cepea. O avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, que deve ser recorde, e a melhora do clima nos Estados Unidos – o que tem aumentado as estimativas mundiais de produção, apesar das recentes preocupações com o tempo seco no país – têm mantido compradores afastados do mercado spot nacional. ESTIMATIVAS – No Brasil, a Conab aponta que a produção brasileira 2022/23 deve superar em 13% a da temporada 2021/22. Para a segunda safra, o aumento deve ser de 14%, agora estimada em 98,04 milhões de toneladas. Em termos mundiais, o relatório do USDA indica que, apesar da cautela quanto ao clima nos Estados Unidos, a produção mundial em 2023/24 deve ser de 1,22 bilhão de toneladas, 6% maior que a anterior.
MANDIOCA: COM MENOR OFERTA, COTAÇÕES AVANÇAM
O plantio e a colheita de mandioca foram interrompidos pelo tempo seco em algumas praças acompanhadas pelo Cepea. Neste cenário de menor oferta, os preços subiram. A tonelada de mandioca teve média nominal a prazo (FOB fecularia) de R$ 702,18 (R$ 1,2212 por grama de amido) na semana passada, alta de 1,3%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, por outro lado, a queda é de 15,6%, em termos reais (IGP-DI).
OVOS: PREÇOS DOS OVOS CAEM PELA 4ª SEMANA CONSECUTIVA
As cotações dos ovos comerciais recuaram na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea na última semana, registrando ligeiras quedas em algumas delas, e baixas mais intensas em outras. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, apesar das recentes desvalorizações, a liquidez do produto vem se mantendo pela realização de promoções, uma vez que a oferta no mercado também está alta. E é justamente essa disponibilidade elevada que tem pressionado as cotações da proteína – entre 6 e 13 de julho, os preços caíram pela quarta semana consecutiva.