Os preços domésticos da soja subiram em setembro. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram impulsionados pelos menores estoques neste período de entressafra, pela apreciação do dólar frente ao Real e pelo maior interesse internacional pelo produto brasileiro. Isso porque os Estados Unidos vêm enfrentando dificuldades logísticas de exportação, ocasionadas por temporais recentes, o que tem levado compradores ao Brasil. Em setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá subiu 5,2%, fechando a R$ 175,59/sc de 60 kg no dia 30. O Indicador da soja CEPEA/ESALQ – Paraná avançou 4,3% no acumulado do mês, fechando a R$ 171,52/sc de 60 kg no encerramento de setembro.
MILHO: VENDEDOR RECUA, E COTAÇÕES REAGEM NO FIM DO MÊS
A comercialização de milho segue enfraquecida no Brasil, tanto no mercado spot quanto a termo. Esse cenário se deve à retração de vendedores, que se afastaram das negociações na perspectiva de melhores oportunidades nas próximas semanas. A demanda, por sua vez, está um pouco mais aquecida, mas muitos consumidores ainda se mostram abastecidos. No geral, as atenções estão voltadas à semeadura da safra de verão e às condições climáticas. Neste contexto, na região consumidora de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,1% entre 24 de setembro e 1º de outubro, a R$ 91,83/saca de 60 kg na sexta-feira, 1º. Apesar disso, o movimento de queda ainda foi observado em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, mas em menor intensidade. Nestes casos, a pressão veio da necessidade de alguns produtores de “fazer caixa”. No entanto, no acumulado de setembro, o Indicador caiu 3,1%, e a média mensal, de R$ 92,44/sc de 60 kg, ficou 6% inferior à de agosto/21.
MANDIOCA: ESMAGAMENTO É O MENOR DESDE FEVEREIRO
Com o menor ritmo de colheita, devido à estiagem, o volume de esmagamento das fecularias recuou de forma expressiva na última semana, totalizando 28,5 mil toneladas, o mais baixo desde fevereiro deste ano, segundo levantamento do Cepea. Muitas empresas chegaram a interromper as atividades industriais, apesar da tentativa de obter matéria-prima em regiões mais distantes. Quanto aos preços, entre 27 de setembro e 1º de outubro, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia subiu 3,2%, para R$ 539,21 (R$ 0,9378por grama de amido), o mais alto desde outubro de 2020. Em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI), por outro lado, a média da semana fechou 19% abaixo da do mesmo período do ano passado.
OVOS: PREÇO SOBE NO FIM DE SETEMBRO, MAS MÉDIA MENSAL CAI
A oferta de ovos esteve mais ajustada à demanda nos últimos dias de setembro, principalmente com relação aos ovos maiores. Esse contexto, somado à proximidade do início de outubro, impulsionou os preços. No entanto, na média do mês, as cotações ficaram abaixo das de agosto em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Apesar das altas verificadas no início e no fim do mês, a maior oferta – principalmente de ovos menores, cuja produção foi favorecida pelas temperaturas elevadas – pressionou os valores na maior parte do período, resultando no recuo da média mensal. Assim, em setembro, o preço médio do ovo branco tipo extra fechou a R$ 123,57/caixa com 30 dúzias nas negociações para retirar (FOB) em Santa Maria de Jetibá (ES), queda de 4,4% frente ao de agosto. O produto posto (CIF) na Grande São Paulo (SP) se desvalorizou 3,6% entre agosto e setembro, a R$ 128,40/cx, em média, no último mês. Para os ovos vermelhos a retirar em Santa Maria de Jetibá, a queda mensal foi de 5,1%, com o produto cotado a R$ 134,41/cx, em média, em setembro. Na Grande São Paulo, a média do vermelho, posto, fechou a R$ 137,20/cx, recuo de 4% frente a agosto.