A semana que passou foi de pressão baixistas para as commodities agricolas, principalmemnte para soja e milho.
Soja: Com a divulgação do relatório do USDA no dia 09 de abril ( Departamento Agrícola dos Estados Unidos) a Bolsa de Chicago voltou a testar o suporte de U$= 9,50 por bushel e na próxima semana deve buscar os U$= 9,30, fundamentos como avanço na colheita na América do Sul, estoques globais confortaveis e uma área recorde a ser plantada nos EUA são vetores baixstas de curto prazo.
O clima passará a partir do inicio de trabalho de campo nos EUA sendo monitorado como possiveis picos de altas em função das adversidades climáticas, no entanto um clima dentro da normalidade pode trazer mais pressão negativa.
O Brasil com estoques acima da média e um recuo no dólar deve pesar negativamente na formação dos preços, embora os prêmios ainda positivos nos portos minimizam essas perdas, mas com o volume de soja que deve entrar no mercado nas próximas semanas, estes prêmios devem recuar.
Milho: Para o milho a semana não foi diferente, estoques globais bem confortáveis,inicio de plantio nos EUA com clima favorável China buscando milho no Leste Europeu fez a Bolsa de Chicago amargar fortes quedas.
No Brasil os preços perderam forças positivas após o relatório do USDA, com uma oferta maior na América do Sul e com as exportações ainda paralisadas já que no primeiro semestre essa preferência é para soja, no momento o mercado interno é o principal demandante desse milho, já as cotações devem seguir ancoradas no dólar, uma definição do milho safrinha ainda é muito esperada já que o Paraná teve muitas áreas plantadas fora da janela ideal em função do atraso na colheita da soja.
Na BM&F o vencimento maio (CCMK) teve perda de mais de 5% na semana e tem espaço para mais quedas na próxima semana.