A liquidez no mercado da soja voltou a crescer, especialmente nos portos nacionais, segundo informações do Cepea. Isso porque a valorização do dólar frente ao Real atraiu importadores e incentivou produtores a negociar lotes, especialmente os da safra 2020/21. Nesse cenário, os preços da soja reagiram. Entre 3 e 10 de setembro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná subiram 1,76% e 1,25%, respectivamente, indo para R$ 173,42/saca de 60 kg e R$ 169,73/sc na sexta-feira. A moeda norte-americana se valorizou 1,58% no mesmo período, indo para R$ 5,266 no dia 10.
MILHO: COMPRADOR SE RETRAI; PREÇOS SEGUEM EM QUEDA
A liquidez continua baixa no mercado spot de milho, conforme apontam pesquisadores do Cepea. Na semana passada, além dos feriados nacional e internacional, o menor ritmo de negócios esteve atrelado à restrição de compradores, que têm expectativa de novas desvalorizações nas próximas semanas. Nesse cenário, conforme indicam dados do Cepea, os preços do milho seguem em queda, mas esse movimento acaba sendo limitado por preocupações quanto à oferta. Produtores seguem relatando quedas consideráveis na produtividade, o que vem sendo confirmado por dados oficiais. Na parcial de setembro (de 31 de agosto a 10 de setembro), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu 1,3%, fechando a R$ 93,53/saca de 60 kg na sexta-feira, 10.
MANDIOCA: PREÇOS CONTINUAM FIRMES
A oferta de matéria-prima seguiu baixa para a maior parte das empresas na semana passada, segundo afirmam pesquisadores do Cepea. A menor umidade do solo no início do período e a sinalização de bloqueios de rodovias na segunda metade da semana preocuparam agentes, que optaram por não arriscar o transporte. Além disso, uma parte das empresas não realizou a moagem em alguns dias da semana. Com isso, as cotações se mantiveram firmes. A média semanal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 516,70 (R$ 0,8986 por grama de amido), 0,3% acima da observada no período anterior.
OVOS: VOLUME EXPORTADO EM AGOSTO É O MENOR DO ANO
Os embarques de ovos in natura, que têm se recuperado em 2021 frente a 2020 e 2019, caíram em agosto, somando o menor volume mensal exportado no ano. De acordo com dados da Secex compilados por pesquisadores do Cepea, o Brasil exportou 144,9 toneladas de ovos in natura no último mês, queda de 30,1% frente a julho, mas o dobro do volume embarcado em agosto/20. Apesar do recuo no volume exportado em agosto, em 2021 (de janeiro a agosto), o setor já enviou 4,87 mil t da proteína ao exterior, quantidade 20,9% acima da exportada no mesmo período de 2020 e ainda 2,7% maior que a de 2019. MERCADO INTERNO – Depois da alta nos preços dos ovos no início de setembro, o mercado esteve menos movimentado nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, o feriado no dia 7 e a paralisação de parte dos caminhoneiros dificultaram o escoamento da proteína em algumas regiões, diminuindo ainda mais as negociações do setor.