Levantamentos do Cepea mostram que os preços da soja subiram no mercado brasileiro na última semana. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso veio da valorização cambial (R$/US$), que atraiu consumidores estrangeiros ao País e elevou os prêmios de exportação da oleaginosa. Além disso, a alta do grão também esteve atrelada à cautelosa de alguns vendedores, que evitam comercializar grandes volumes no spot e que optam pela estocagem e negociação apenas em época do cultivo da safra 2024/25 na América do Sul, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea.
MILHO: Com colheita praticamente encerrada, preço reage
Os preços do milho reagiram nos últimos dias, na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Na quinta-feira, 22, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), fechou a R$ 60,12/saca de 60 kg, patamar que não era verificado desde o dia 9 de abril deste ano. De acordo com pesquisadores do Cepea, com a colheita de milho de segunda safra praticamente encerrada, produtores voltaram a reduzir o volume de lotes ofertado no spot nacional, resultando em aumento nas cotações do cereal na maior parte das praças. Por outro lado, as valorizações foram limitadas pelas demandas interna e externa enfraquecidas, ainda conforme levantamentos do Cepea. Segundo a Conab, até o dia 18 de agosto, 96,4% da área nacional havia sido colhida, restando apenas os estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
MANDIOCA: Média avança pela 11ª semana consecutiva
Os preços da mandioca continuam subindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea – a última semana foi a 11ª consecutiva de alta. O impulso vem da combinação de oferta restrita com demanda aquecida, conforme explicam pesquisadores do Cepea. Enquanto produtores seguem com baixo interesse em negociar lavouras de 1º ciclo e a estiagem se agrava na maioria das áreas, a procura por matéria-prima continua fortalecida, sobretudo pelas fecularias que visam a formação ou reposição de estoques, ainda segundo pesquisas do Cepea.
OVOS: Mercado tem vendas lentas e preços estáveis
As vendas de ovos no atacado continuam lentas nesta segunda quinzena de agosto, com poucas negociações e em volumes reduzidos. Quanto aos preços, estão praticamente estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea; porém, em algumas localidades, as cotações recuaram de forma expressiva, reforçando o cenário atual de mercado desaquecido. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, a pressão compradora por descontos e promoções nas negociações aumentou no final da última semana, principalmente devido ao excesso de mercadorias em estoque. Agentes esperam que as cotações da proteína só voltem a subir novamente no início do próximo mês, com o fortalecimento do poder de compra, ainda conforme levantamentos do Cepea.