As cotações da soja subiram na parcial de fevereiro, conforme apontam dados do Cepea. Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ Paraná subiram 1,7% e 0,5%, respectivamente, fechando a R$ 86,79/sc de 60 kg e a R$ 80,73/sc na sexta-feira, 7. A alta está atrelada ao novo patamar recorde do dólar, que fechou a R$ 4,319 no dia 7, aumento de 0,84% entre as duas últimas sextas-feiras. Quanto à colheita, as atividades estão em ritmo lento no Brasil. Além do atraso no semeio em setembro e início de outubro de 2019, as chuvas das últimas semanas atrapalharam a colheita em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
MILHO: INDICADOR RECUA; LIQUIDEZ SEGUE BAIXA
As cotações do milho registraram leves quedas nos últimos dias, segundo informações do Cepea. De modo geral, compradores têm optado por aguardar o avanço da colheita para negociar grandes lotes. Além disso, as recentes quedas no mercado internacional reduzem a paridade de exportação e influenciam as baixas dos preços domésticos. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência Campinas – SP) recuou 0,88% no acumulado de fevereiro (de 31 de janeiro a 7 de fevereiro), apesar da presença de compradores no final da semana passada, fechando a R$ 50,71/saca de 60 quilos no dia 7.
MANDIOCA: MÉDIA SEMANAL É A MENOR EM QUATRO MESES
As cotações da mandioca recuaram na semana passada, conforme indicam dados do Cepea. O valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 362,15 (R$ 0,6298 por grama de amido) entre 3 e 7 de fevereiro, baixa de 8,1% frente à semana anterior e o menor patamar em quatro meses. Em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, produtores seguem voltados à colheita de mandioca, devido à necessidade de liberar áreas para o cultivo de grãos, reforma de pastagem ou para a própria raiz. Além disso, há aqueles que precisam se capitalizar, por conta de compromissos financeiros que vencem ainda neste trimestre, especialmente o custeio agrícola. Como resultado, a oferta continuou alta.
OVOS: PREÇO DIÁRIO ATINGE RECORDE NOMINAL
As condições que favoreceram as altas nos preços dos ovos em janeiro se intensificaram na primeira semana de fevereiro. Segundo dados do Cepea, a oferta restrita e o retorno das aulas têm aquecido a demanda pela proteína, elevando as cotações. Dessa forma, nessa terça-feira, 4, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos tipo extra, comercializada em Bastos (SP), teve preço médio de R$ 96,96, o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2013 para esse produto. Quanto às exportações, em janeiro, o volume foi quase cinco vezes maior que em dezembro. Mesmo com o forte incremento, os embarques de janeiro registraram o menor patamar para o mês desde 2007. Vale lembrar que as exportações de ovos costumam ser bastante elevadas em janeiro, geralmente se caracterizando como as maiores do ano.