Os preços internacionais do complexo soja subiram na semana passada, devido à maior demanda externa por soja em grão dos Estados Unidos e a expectativas de aumento na procura global pelos derivados norte-americanos e também do Brasil. Esse cenário, por sua vez, está relacionado a incertezas quanto ao volume de derivados de soja a ser ofertado pela Argentina (principal abastecedora global de farelo e de óleo de soja). Além disso, o baixo volume de chuvas em importantes regiões produtoras do Hemisfério Norte também impulsionou os valores externos, já que isso pode reduzir a produtividade da safra 2022/23.
MILHO: PREÇOS TÊM COMPORTAMENTOS DISTINTOS DENTRE AS PRAÇAS
As cotações do milho vêm apresentando comportamentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. Em algumas regiões do Sul do País e nos portos, o forte ritmo das exportações e as altas externas elevam os preços do cereal. Já em outras praças, a colheita da segunda safra na reta final pressiona as cotações. Quanto ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP), caiu 0,44% de 5 a 12 de agosto, fechando a R$ 81,55/sc nessa sexta-feira, 12. No geral, compradores resistem em elevar os valores pagos no spot nacional, contexto que tem limitado a liquidez. EXPORTAÇÕES – Nos primeiros cinco dias úteis de agosto, o Brasil embarcou 1,7 milhão de toneladas de milho, segundo dados da Secex, com média diária de 338,4 mil toneladas. Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês, as exportações podem somar 7,4 milhões de toneladas em agosto.
MANDIOCA: MÉDIA SEMANAL DA RAIZ RECUA
As chuvas do início da semana passada atingiram todas as regiões produtoras da raiz acompanhadas pelo Cepea, e a colheita foi retomada de forma parcial nos dois últimos dias do período. Diante da expectativa de uma evolução mais acentuada da colheita, houve leve pressão sobre os valores. Entre 8 e 12 de agosto, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 926,95 (R$ 1,6121 por grama de amido), queda de 0,5% frente ao período anterior.
OVOS: PREÇOS DOS OVOS COMERCIAIS RENOVAM MÁXIMA NOMINAL
A oferta controlada e a demanda aquecida têm resultado em altas consecutivas nos preços dos ovos comerciais neste mês de agosto. Nessa quinta-feira, 11, inclusive, as cotações renovaram o recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2013, na maioria das praças acompanhadas. No setor produtivo, as temperaturas mais baixas favorecem o controle da produção por afetarem a produtividade das poedeiras. Já na ponta final, a demanda aquecida por conta do período de início de mês e o auxílio financeiro disponibilizado pelo governo têm elevado o consumo de modo geral.