Os preços brasileiros de soja recuaram ligeiramente nos últimos dias, pressionados pela queda nos prêmios de exportação no País, que passaram de US$ 2,60/bushel para o vendedor no dia 31 de outubro para 2,05/bushel na quinta-feira, 8 de novembro, em Paranaguá (PR). Além do enfraquecimento da demanda externa, o recuo dos prêmios se deve à alta na CME Group (Bolsa de Chicago), que, por sua vez, foi influenciada pelo clima desfavorável à colheita nos Estados Unidos e pelas expectativas de acordo comercial entre Estados Unidos e China. Segundo pesquisadores do Cepea, o que preocupa sojicultores brasileiros é que, se esse acordo se confirmar e, ao mesmo tempo, a demanda chinesa pelo produto nacional diminuir, as exportações brasileiras devem recuar. No dia 8, o USDA indicou que a China deve importar apenas 90 milhões de toneladas de soja na temporada 2018/19, o menor volume desde a safra 2015/16. Quanto aos preços no Brasil, entre 1º e 9 de novembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 0,6%, a R$ 85,28/saca de 60 kg na sexta-feira, 9. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ Paraná registrou queda de 0,5%, a R$ 79,43/sc de 60 kg no dia 9.
MILHO: DEPOIS DE CAIR POR QUASE TRÊS MESES, PREÇO SOBE EM ALGUMAS REGIÕES
Após recuarem por quase três meses consecutivos, os preços do milho subiram nos últimos dias em algumas praças acompanhadas pelo Cepea. O impulso vem da retração de vendedores, sobretudo em regiões consumidoras, como São Paulo e Santa Catarina. Segundo colaboradores do Cepea, produtores se afastaram do mercado, na expectativa de preços maiores nas próximas semanas, período de entressafra nacional. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 5% entre 1º e 9 de novembro, fechando a R$ 35,98/saca de 60 kg na sexta-feira, 9. Já nas praças ofertantes, as cotações do milho seguiram em queda, influenciadas pelo clima favorável e pelo bom desenvolvimento da safra verão, cenário que mantém a perspectiva de oferta elevada para os próximos meses. Além disso, produtores dessas regiões ainda têm grandes estoques e tentam liberar espaços nos armazéns. Em Passo Fundo (RS), os preços caíram 4,7%, a R$ 36,32/sc no dia 9.
MANDIOCA: COM MAIOR OFERTA, COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA
Com o menor volume de chuvas e o maior interesse de venda de parte dos agricultores nos últimos dias, a oferta de mandioca para a indústria aumentou. Já a demanda tem se mantido estável, segundo colaboradores do Cepea, principalmente devido ao menor ritmo de moagem nas farinheiras, que evitam formar estoques. Com a maior disponibilidade de raízes, os preços seguem em queda. Entre 5 e 9 de novembro, a média a prazo para a tonelada de mandioca posta na fecularia foi de R$ 420,30 (R$ 0,7310 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 2,3% menor que a da semana anterior. Em quatro semanas, a desvalorização é de 5,8%.
MANGA: PREÇOS DA TOMMY DESPENCAM EM MONTE ALTO/TAQUARITINGA
Os preços da manga tommy estão em queda neste mês de novembro, movimento típico para o período, devido à concentração da oferta. Entre 5 e 9 de novembro, as cotações da variedade caíram 20% na praça de Monte Alto/Taquaritinga (SP), sendo comercializada a R$ 0,75/kg, em média. No entanto, segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, esse valor não reflete a exata realidade do mercado, já que é uma média baseada em uma ampla variação de preços – foram captados negócios de R$ 0,60/kg até R$ 1,00/kg, principalmente por conta da diferença de qualidade. O pico de colheita da tommy paulista deve acontecer na segunda quinzena deste mês, o que pode resultar em novas desvalorizações para a variedade.