Os preços da soja e de seus derivados subiram no Brasil em setembro. Segundo pesquisadores do Cepea, as altas estão atreladas à retração de produtores do mercado, devido às incertezas quanto à produtividade norte-americana e ao baixo volume de precipitações em regiões produtoras do País. Além disso, a forte demanda externa pela oleaginosa brasileira também impulsionou as cotações. Até o dia 22 de setembro, segundo dados da Secex, o Brasil havia exportado mais que o dobro da quantidade embarcada no mesmo mês de 2016. Considerando-se apenas os meses de setembro, o volume enviado ao exterior em setembro/17 foi o maior desde 2002, quando foi recorde para o período. Em setembro/17, o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá teve média de R$ 70,41/saca de 60 kg, aumento de 0,83% frente à média de agosto. A média do Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 1,8% na mesma comparação, para R$ 65,00/sc.
MILHO: COM AUMENTO DA OFERTA, INDICADOR VOLTA A CAIR
O movimento de alta dos preços do milho, observado em praticamente todo o mês de setembro, perdeu força no encerramento do período. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à maior oferta do cereal na última semana de setembro, já que, com os preços em bons patamares durante o mês, vendedores estiveram mais interessados em negociar, elevando o volume disponível. Além disso, a previsão de chuvas para os próximos dias reduziu as especulações quanto a um possível risco climático para a safra 2017/18, pressionando os valores. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 2% entre 22 e 29 de setembro, fechando a R$ 30,04/saca de 60 quilos na sexta-feira, 29. No acumulado do mês, no entanto, o Indicador subiu fortes 10%. A média mensal, por sua vez, de R$ 29,11/sc, foi a maior desde março deste ano, em termos nominais.
MAÇÃ: BOA QUALIDADE SUSTENTA ALTAS EM SC
A demanda por maçãs pode estar se recuperando. Segundo maleicultores consultados pelo Cepea, consumidores têm pago preços mais elevados pela fruta, devido à boa qualidade que as unidades recém-tiradas das câmaras vêm apresentando. No primeiro semestre deste ano, a maior disponibilidade de maçãs graúdas aproximou os valores dos calibres 110 e 165. Já no segundo semestre, a oferta da fruta graúda diminuiu, ampliando novamente a diferença entre as cotações. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, alguns produtores têm segurado suas maçãs, com o objetivo de disponibilizar as frutas no mercado até o final do ano, enquanto outros, principalmente pequenos produtores, se afastaram das vendas, contribuindo para a redução da oferta. Assim, entre 25 e 29 de setembro, os preços da fuji graúda Cat 1 subiram 4% na região de São Joaquim (SC), frente à semana anterior, fechando com média de R$ 47,50/cx de 18 kg.