As cotações do complexo soja continuam em elevação no mercado doméstico, conforme indicam pesquisas do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná avançou 0,25% entre 4 e 11 de março, indo para R$ 200,38/saca de 60 kg na sexta-feira, 11. Na terça-feira, 8, especificamente, este Indicador atingiu R$ 203,22/sc de 60 kg, máxima nominal da série do Cepea, iniciada em julho/97. Já o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou apenas 0,23% nos últimos sete dias, a R$ 203,15/saca de 60 kg na sexta-feira, 11 – no dia 10, o Indicador registrou o maior valor nominal da série do Cepea, que começou em março de 2006, de R$ 207,14/saca. De acordo com pesquisadores do Centro, os preços foram impulsionados pela firme demanda doméstica e pelo expressivo aumento na procura externa, cenário que acirrou a disputa pelo grão entre as indústrias brasileiras e os consumidores internacionais.
MILHO: INDICADOR SOBE MAIS DE 6% NA PARCIAL DE MARÇO
Com as demandas interna e externa aquecidas, as cotações do milho estão em alta no Brasil, segundo informações do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 5,52% de 4 a 11 de março, fechando a R$ 103,57/saca de 60 kg na sexta-feira, 11. Na parcial de março (de 25 de fevereiro a 11 de março), o avanço é de 6,4%. Consumidores brasileiros têm necessidade de adquirir novos lotes, mas esbarram na retração de vendedores e/ou nos altos patamares de preços praticados no spot. Agora, demandantes estão ainda mais apreensivos, tendo em vista que a nova valorização dos combustíveis deve encarecer o frete e, consequentemente, os custos. Quanto à demanda internacional pelo milho brasileiro, tem sido intensificada diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que tem resultado em mudanças em rotas de exportadores e em aumento da procura pelo cereal sul-americano.
MANDIOCA: PREÇO É RECORDE DA SÉRIE DO CEPEA
O volume de mandioca disponível para comercialização continua abaixo da demanda industrial, o que manteve os preços em alta nos últimos dias. Entre 7 e 11 de março, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 750,58 (R$ 1,3054 por grama de amido), recorde da série histórica do Cepea. Segundo pesquisadores do Centro, a menor disponibilidade de lavouras com mais de 15 meses e a retração dos produtores por conta da produtividade e do teor de amido baixos continuam determinantes para a tomada de decisão pela colheita. Isso tem sido observado simultaneamente ao forte interesse em formação de estoques, especialmente pela indústria de fécula.
OVOS: PREÇOS TÊM NOVA ALTA E RENOVAM AS MÁXIMAS REAIS
A oferta restrita somada à demanda crescente por ovos impulsionou ainda mais as cotações da proteína nos últimos dias em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Os preços, inclusive, renovaram os recordes reais da série histórica, iniciada em 2013. Do lado da oferta, as altas temperaturas diminuem a produção de ovos maiores, como o extra e o jumbo, fazendo com que o setor tenha dificuldade em atender todos os pedidos. Por parte da demanda, o período de Quaresma e o início de mês favorecem a liquidez dos produtos.