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Soja: Demanda Aquecida Eleva Preços de Derivados no Brasil

Publicado 16.12.2019, 14:26
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As demandas por farelo e óleo de soja estiveram firmes no mercado interno na primeira quinzena de dezembro. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário está atrelado à maior procura por farelo por parte do setor pecuário e à produção de biodiesel, que, desde setembro de 2019, passou a ter mistura de 11% de óleo de soja em sua composição. Nesse cenário, nesta parcial de dezembro, os preços dos derivados em 15 das 25 regiões pesquisadas pelo Cepea são os maiores nominais desde setembro do ano passado. Na média de todas regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores do farelo subiram 2,1% entre 29 de novembro e 13 de dezembro. No mesmo período, o óleo de soja (bruto degomado) posto na cidade de São Paulo se valorizou 0,5%, a R$ 3.664,56 /tonelada na sexta-feira, 13.

MILHO: PREÇOS TÊM MOVIMENTOS DISTINTOS DENTRE AS REGIÕES ACOMPANHADAS

Os preços do milho vêm registrando movimentos distintos entre as praças acompanhadas pelo Cepea, influenciados por condições de oferta e demanda regionais. Assim, enquanto em algumas praças os valores são impulsionados pela retração de vendedores, que continuam à espera de novas valorizações nas próximas semanas, em outras, a ausência de compradores e o maior interesse de agentes em negociar pressionam as cotações. Entre 6 e 13 de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu leve 0,49%, fechando a R$ 48,37/sc de 60 kg na sexta-feira, 13.

MANDIOCA: OFERTA REDUZIDA E PROCURA ELEVADA IMPULSIONAM COTAÇÕES

A oferta de mandioca continuou baixa entre 9 e 13 de dezembro, devido à falta de raízes de segundo ciclo para serem colhidas e às frequentes chuvas no período. A demanda, por sua vez, esteve firme. Esse cenário de menor disponibilidade somado à procura elevada e ao compromisso de entrega de alguns vendedores impulsionaram as cotações por mais uma semana.

OVOS: PRODUÇÃO DO 3º TRI É RECORDE NA SÉRIE DO IBGE

A produção de ovos para consumo esteve elevada em 2019, atingindo seu pico entre julho e setembro. Conforme dados do IBGE, no terceiro trimestre, foram produzidas 782,73 milhões de dúzias de ovos para consumo, volume recorde na série do Instituto, 1,3% maior do que o produzido no trimestre anterior e 5,9% superior ao do mesmo período de 2018. Dentro do intervalo, a maior produção foi registrada em agosto, somando 263,65 milhões de dúzias, recorde mensal do setor e aumento de 5,4% frente a agosto de 2018. Segundo agentes consultados pelo Cepea, esse cenário é reflexo dos investimentos feitos na atividade em anos anteriores. Assim como a produção de ovos, o número de poedeiras também foi recorde no terceiro trimestre deste ano. Ainda conforme o IBGE, 171,98 milhões de aves foram alojadas no período, aumento de 1% frente ao trimestre anterior. Apesar da produção elevada, as cotações dos ovos permaneceram em altos patamares no período, principalmente em agosto e em setembro, devido ao aquecimento da demanda interna.

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