As cotações da soja e seus derivados estão em alta no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem de diversos fatores, entre eles as chuvas mal distribuídas no Brasil (que geram incertezas quanto ao avanço do semeio), as recentes precipitações nos Estados Unidos (que interromperam a colheita), a firme demanda global e a retração de produtores brasileiros e internacionais da comercialização de grandes lotes, devido às incertezas sobre o tamanho da safra e o comportamento dos preços nos próximos meses. Na sexta-feira, 13, o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá fechou a R$ 71,54/saca de 60 kg, elevação de 1,37% frente à sexta-feira anterior, 6. A média do Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 1,74% na mesma comparação, para R$ 66,67/sc na sexta-feira.
MILHO: PROCURA IMPULSIONA INDICADOR EM QUASE 3%
Os preços do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo o maior número de compradores no mercado. Além disso, o bom ritmo das exportações e a divulgação de estimativas da Conab de menor oferta na safra verão 2017/18 também favorecem as altas. No mercado paulista, especificamente, os valores foram impulsionados pela demanda mais firme e pela retração produtora. Na sexta-feira, 13, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas/SP) fechou a R$ 31,27/saca de 60 quilos, significativo aumento de 2,9% frente à sexta anterior, 6 e o maior preço desde o dia 27 de março deste ano.
OVOS: PREÇO EM DÓLAR CAI PARA O MENOR PATAMAR DA SÉRIE
Embora as exportações brasileiras de ovos in natura tenham aumentado em setembro, o preço em dólar da caixa com 30 dúzias do produto caiu para o menor patamar da série histórica do Cepea, que teve início em 2012. No mês passado, a caixa do ovo doméstico teve média de US$ 23,63 no mercado internacional, recuo de 18,7% frente à média de agosto e de 10,1% frente a setembro/16. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, aliado ao mercado aquecido no Brasil, tem acentuado a preferência de agentes por negociações internas em 2017. Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil exportou 129,8 mil caixas com 30 dúzias do produto, volume 59,2% menor que no mesmo período de 2016, quando foi de 317,7 mil caixas.
CITROS: PROCURA É BAIXA, MAS OFERTA REDUZIDA LIMITA QUEDAS DA PERA
A demanda por laranja esteve mais lenta nos últimos dias. Conforme produtores consultados pelo Cepea, o feriado do dia 12, bem como os bons volumes vendidos na primeira semana do mês, que reduziram a necessidade de abastecimento de compradores, podem ter impactado as vendas. Com a redução da oferta de frutas com qualidade mais próxima à demandada pelo mercado de mesa, porém, a queda nos preços não foi significativa. Entre 9 e 13 de outubro, a laranja pera teve média de R$ 20,14/caixa de 40,8 kg, na árvore, baixa de 1,3% em relação ao período anterior.